Emprego

AL fecha primeiro trimestre de 2021 com taxa de desocupação de 20%, diz IBGE

Um a cada cinco alagoanos com idade para trabalhar estava sem emprego nos primeiros três meses do ano

Por Ascom IBGE 27/05/2021 16h04
AL fecha primeiro trimestre de 2021 com taxa de desocupação de 20%, diz IBGE
AL fecha primeiro trimestre de 2021 com taxa de desocupação de 20%, diz IBGE - Foto: Arte/ UOL

A taxa média de desocupação em Alagoas foi estimada em 20% no primeiro trimestre de 2021, isto é, um a cada cinco alagoanos com idade para trabalhar (14 anos ou mais) estava sem emprego nos primeiros três meses do ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, não houve variação estatisticamente significativa na comparação com os trimestres imediatamente anteriores (3º e 4º trimestre de 2020).

Em números absolutos, a população desocupada em Alagoas no 1º trimestre de 2021 era estimada em 254 mil pessoas, 56 mil (27,9%) a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, sem, contudo, apresentar variação estatisticamente significativa em relação ao último trimestre de 2020.

Outros três indicadores em Alagoas não mostraram variação significativa em relação ao primeiro ou último trimestre de 2020: o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos (R$ 1.623), a população ocupada (cerca de 1 milhão) e o nível da ocupação (37,9%).

No Brasil, desemprego chega a 14,7% no primeiro trimestre, maior desde 2012

No Brasil, a taxa de desocupação subiu para 14,7% no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%). Isso corresponde a mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país. É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.

“Esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Norte e Nordeste puxam desocupação recorde no primeiro trimestre no país

A taxa recorde de desocupação de 14,7% no país foi puxada por duas das grandes regiões: Norte, que passou de 12,4%, no último trimestre de 2020, para 14,8%, no primeiro trimestre de 2021, e Nordeste, em que o indicador foi de 17,2% para 18,6%. Em ambas as regiões, é a maior taxa já registrada desde 2012. Nas demais, o cenário é de estabilidade em relação ao quarto trimestre do ano passado.

“Norte e Nordeste tiveram aumento significativo da procura por trabalho no primeiro trimestre de 2021, elevando a taxa de desocupação nessas duas regiões. Nas outras regiões, o cenário foi de estabilidade na desocupação e na ocupação na comparação trimestral”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. Apesar de permanecer estável, a taxa de desocupação no Sudeste é maior do que a do Norte: 15,2%.