Secretário do Turismo de Maceió fala sobre retomada do setor na cidade
Ricardinho Santa Ritta foi entrevistado nesta terça-feira (08) no Na Mira da Noticia
Maceió é um dos destinos mais procurados do Brasil e do Mundo, mesmo em tempo de pandemia. E para falar sobre a situação do turismo na capital alagoana, o secretário de Turismo de Maceió, Ricardinho Santa Ritta, foi um dos entrevistados na noite desta terça-feira (08) do programa Na Mira da Notícia com Ângelo Farias da 96 FM.
O secretário trouxe para a conversa os impactos do fechamento do comércio local em meio a pandemia e ressaltou que os trabalhadores são os mais afetados "Do pequeno ao grande empreendedor desse setor, para todos isso tem sido desafiador. O turismo junto com o setor cultural e de eventos foram aos mais impactados. Em Maceió, assim como no Estado, mais de 38% do PIB é vocacionado do turismo. Então a cada R$100 que circulam na nossa economia local, 38 reais veio do turismo, do vendedor de amendoim, de pipoca, água de coco, suco e refrigerante que estão na orla de Maceió, mas em geral moram nos bairros de periferia. Esse impacto da falta de visitante também chega a esses lugares, não se limita apenas a orla, não existe privilégio de bairro nenhum. Um grande empreendedor de um hotel que tem 10 a 150 apartamentos e que possui em média 74% de ocupação anual como mostra os dados de 2019, agora marca de 25% a 30%. Toda uma cadeia econômica vem sendo altamente impactada", destacou.
Sobre a retomada do setor econômico, o Santa Ritta falou sobre o a chegada de novos turistas em meados de 2020 quando o governo do Estado permitiu a entrada de visitantes. "A gente tinha uma média de capacidade de visitantes em 2019 de 2.1 milhões de passageiros no aeroporto, 600 mil na rodoviária e 20 mil nos portos marítimos, também muitos vinham de carro, esses números cairam abruptamente. Hoje as linhas aéreas dizem que apenas 41% dos que voavam antes da pandemia estão voando hoje. Então é como se Alagoas tivesse recebendo um pouco menos de 1 milhão de visitantes, e esse impacto é metade da arrecadação que existia antes e não existe mais hoje", ressaltou.
O secretário ainda falou sobre auxílio que o município tem dado a essa parcela da população que vive do turismo. "A gente tem dois clientes, o interno que é o próprio trabalhador e operador de turismo e, o externo que é o visitante. Estamos mostrando ao visitante que a cidade está preparada com todos os protocolos de turismo responsáveis e seguros que o Ministério do Turismo certifica. Através do Fundo Geral do Turismo do Governo Federal, Alagoas já tem 35 milhões de reais no Banco do Nordeste à disposição do empresário para ele captar esse recurso. Nesse momento, temos que passar por esse rigoroso inverno e estamos ofertando crédito para assegurar o empreendedor local".
"Em Brasília nos reunimos para pensar esse momento em que as fronteiras internacionais estão fechadas e o turista não vai sair por exemplo de São Paulo, de Brasília, para ir para Argentina, Chile, para os Estados Unidos ou para Europa. Ele vai ter que viajar pelo Brasil e o nosso interesse com eses recursos é fazer com que o brasileiro conheça o Brasil, que o brasileiro redescubra esse país e a gente tem trabalhado muito isso. Para que o foco desse turismo seja regional" contribuiu o secretário.