É falso que cientista tenha dito que 80% da população seria imune ao novo coronavírus
O próprio neurocientista, apontado como responsável pela teoria, desmentiu a informação

Circula nas redes sociais uma mensagem que atribui ao neurocientista Karl Friston a ideia de que a maioria da população seria imune ao novo coronavírus e que pessoas assintomáticas não transmitiriam o vírus. O texto é falso. O próprio neurocientista, apontado como responsável pela teoria, desmentiu a informação e a OMS afirma que existe a possibilidade de haver transmissão da Covid-19 mesmo entre pessoas assintomáticas.
A mensagem cita várias ideias conspiratórias e tenta colocar em dúvida a realidade da pandemia. “OMS admitindo que assintomáticos não transmitem e agora descobrimos que 80% da população é imune porque o sistema imunológico consegue reagir ao covid19 como se fosse um resfriado comum. Karl Friston, renomado cientista britânico, afirma que a população suscetível efetiva nunca foi 100%”, diz trecho do texto.
A afirmação não passa de boato. O texto já circulava em junho de 2020, mas voltou a ser compartilhado em 2021. A ideia foi atribuída ao neurocientista Karl Friston, mas ele mesmo confirmou ao site de checagens de informações Aos Fatos que as informações são falsas. Além disso, o cientista confirmou que seus estudos mostram a necessidade do distanciamento social para combater a proliferação do novo coronavírus.
O site que divulgou a mensagem falsa diz que a suposta fala de Friston foi dita durante uma entrevista a um site britânico. No entanto, o que o neurocientista defendeu é que, ao fim da pandemia, é possível que se descubra que entre 50% e 80% da população britânica não seja suscetível à infecção pelo novo coronavírus.
Ele ressalta que essa taxa pode variar de país para país e que ela não necessariamente significa que essas pessoas sejam imunes à doença. Além disso, a entrevista foi realizada quando ainda não havia expectativa de vacina e Karl lembrou que estudos mais completos já foram publicados posteriormente.
Presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), a microbiologista Natalia Pasternak, explicou ao Estadão que a porcentagem apresentada no texto que circula na internet não faz sentido. “80% de uma população imune é o que a gente quer atingir com uma vacina. Se isso fosse verdade, o vírus nem circulava”, esclareceu.
Sobre a possibilidade do vírus não ser transmitido por pessoas assintomáticas, o Ministério da Saúde, informa que – assim como aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS) - há alguma evidência de que é possível, apesar de rara, a disseminação a partir de portadores assintomáticos. O órgão também assegura que a suscetibilidade é geral “por ser um novo vírus e de potencial pandêmico”.
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