Zagallo, 90 anos: as histórias e conquistas do único tetracampeão do mundo no futebol
Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu em Atalaia, a 48 quilômetros de Maceió (AL), no dia 9 de agosto de 1931

Na primeira vez em que pisou no Maracanã, Mário Jorge Lobo Zagallo ainda não calçava chuteiras; usava botinas. Tinha 19 anos e era soldado da Polícia do Exército.
Na final da Copa do Mundo de 1950, teve a infelicidade de assistir à derrota do Brasil para o Uruguai da arquibancada — era um dos responsáveis pela segurança do estádio. De capacete, farda verde-oliva e cassetete na cintura, Zagallo foi um dos 199.854 espectadores que, na tarde de 16 de julho, viu, incrédulo, o ponta-direita Gigghia (1926-2015) desempatar o jogo, aos 34 do segundo tempo, e dar o título mundial à "Celeste Olímpica".
O episódio entrou para a História como "Maracanazo". "O silêncio era tão grande que, se uma mosca voasse por lá, ouviríamos seu zumbido", costumava repetir o autor do segundo gol.
Quem também entrou para a História foi Mário Jorge Lobo Zagallo. Aos 90 anos, o "Velho Lobo" detém o título de ser o único tetracampeão do mundo em futebol. Ganhou duas Copas como jogador: a de 1958, na Suécia, e a de 1962, no Chile. Uma como treinador, de 1970, no México, e outra, de 1994, como coordenador técnico. Ainda treinou o Brasil nas Copas de 1974, na Alemanha Ocidental (quarto lugar); de 1998, na França (vice-campeão), e de 2006, na Alemanha (quinto lugar), como assistente técnico.
Em resumo: das 7 Copas que disputou, chegou à final de 5. "Se tem uma palavra que define a trajetória do Zagallo, é determinação", avalia o jornalista Vanderlei Borges, autor de Zagallo - Um Vencedor (1996), em parceria com Luiz Augusto Erthal. "Há uma dificuldade natural para dimensionar o nível de craque que o Zagallo foi. O fato de jogar ao lado de Pelé e Garrincha ofuscaria o brilho de qualquer outro que não tivesse a estatura dos gênios. Não seria diferente com Zagallo".

Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu em Atalaia, a 48 quilômetros de Maceió (AL), no dia 9 de agosto de 1931. Era ainda um bebê - tinha apenas oito meses! - quando sua família se mudou para o Rio de Janeiro. Nas ruas da Tijuca, bairro da Zona Norte, aprendeu o beabá do futebol: dar passes, driblar zagueiros e fazer gols. Habilidoso, ingressou, em 1947, no time infantil do América e, um ano depois, na equipe juvenil. Queria seguir os passos do pai, Aroldo Cardoso Zagallo, que chegou a vestir a camisa do CRB, de Alagoas.
Como técnico do Brasil, Zagallo dirigiu a seleção principal em 135 jogos (99 vitórias, 26 empates e 10 derrotas) e a seleção olímpica em 19 (14 vitórias, três empates e duas derrotas). Como coordenador técnico, foram mais 72 jogos (39 vitórias, 25 empates e oito derrotas). "No caso do Zagallo, é impossível falar de fracasso. Chegar às semifinais das Copas de 1974 e 2006, por exemplo, não pode ser classificado como uma derrota. Frustração talvez seja o máximo que se possa dizer", pondera o jornalista Luiz Augusto Erthal, de Zagallo - Um Vencedor (1996). "Zagallo se tornou uma unanimidade no futebol brasileiro. Uma unanimidade só comparável ao Pelé."
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