Um novo estudo publicado pela revista científica New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (12) comprovou o comprometimento de até 15% da eficácia na proteção das vacinas Pfizer e AstraZeneca perante a aplicação de somente uma única dose dos imunizantes, contra a variante Delta da Covid-19.

Essa redução coloca em risco os 540.518 alagoanos que receberam somente a primeira dose das vacinas em Maceió. Segundo os dados levantados pelo vacinômetro, apenas 218.474 pessoas completaram a segunda etapa do processo de imunização.

O estudo proposto pelos pesquisadores da New England Journal avaliou dados de 150 mil pessoas após as duas etapas da vacinação e concluíram que a proteção induzida contra a variante Delta está próxima a atingida pela cepa Alfa. Contudo, essa defesa só ocorre após a aplicação das duas doses.

Enquanto isso, a capital alagoana segue registrando baixos números com relação à segunda dose das vacinas. Em Maceió, os grupos com o maior número de pessoas a terem completado o ciclo vacinal são os trabalhadores da saúde com 18 anos ou mais, com 45.984 aplicações e o grupo de idosos a partir dos 60 anos, com 113.319 pessoas.

Em comparação, os grupos a terem registrado a menor aplicação da segunda dose são os de pessoas em situação de rua, com 287 e o da população privada de liberdade, tendo registrado 285 ciclos completos.

Com dois casos da variante Delta já confirmados em Alagoas, a preocupação para se completar o ciclo vacinal aumenta, pois conforme demonstrou a pesquisa, a proteção oferecida por uma única dose do imunizante da Pfizer apresentou uma queda de 93,7% enquanto somente uma dose da AstraZeneca apresentou uma redução de 74,5%, se fazendo necessário a aplicação da sua dose complementar.