Polícia

PC-AL indicia integrantes de grupo racista acusados de atacar coronel dos bombeiros

Grupo divulga práticas nazistas, cultua o ódio e persegue suas vítimas usando perfis falsos

Por 7Segundos com Ascom PC/AL 20/12/2021 09h09
PC-AL indicia integrantes de grupo racista acusados de atacar coronel dos bombeiros
Policia Civil de Alagoas - Foto: Google

A Polícia Civil de Alagoas concluiu e encaminhou à Justiça inquérito policial que apurou ameaças e crimes contra a honra sofridos pela coronel do Corpo de Bombeiros, Camila Paiva.

Na época dos fatos, a vítima sofreu diversos ataques por meio de perfis falsos de redes sociais. após defender campanha contra o assédio.

Segundo o delegado José Carlos, designado em caráter especial para apurar os delitos, Camila fora vítima de grupo que vive nas profundezas da Deepweb e que se define contra negros, público LGBTQIA+, feministas e outras minorias. O grupo divulga práticas nazistas, cultua o ódio e persegue suas vítimas usando meios virtuais e anônimos.

Ao menos dois usuários de perfis falsos que perseguiram a vítima foram identificados e alvos de mandados de busca domiciliar, expedidos pela 6ª Vara Criminal da Capital. A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Espírito Santo, sob comando do delegado Brenno Andrade, cumpriu mandado de busca domiciliar na cidade de Serra/ES, onde reside uma das pessoas identificadas e que foi indiciado pelos crimes de ameaça, injúria, associação criminosa e divulgação do nazismo.

Já o delegado Renato Guimarães, da 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais, apreendeu aparelho celular de adolescente residente na cidade de Vespasiano/MG.

Ambos confessaram a prática de atos ilegais e responderão por crimes e atos infracionais equiparados a ameaça, injúria, associação criminosa e divulgação do nazismo.

O delegado advertiu que mesmos os crimes praticados na internet são passíveis de ter seus autores identificados. “As polícias civis de todo Brasil estão cada vez mais integradas e colaborando para que fatos que envolvam pessoas de outras Unidades da Federação não fiquem impunes. Nesse caso, foi fundamental a colaboração das Especializadas de Repressão aos crimes cibernéticos de Minas Gerais e do Espírito Santo”, concluiu.