Alexandre Ayres desmistifica vacinação contra a Covid-19 em crianças durante entrevista
O secretário de Estado da Saúde alerta os pais que não querem vacinar os filhos e aponta uma possível irregularidade no sistema após o ataque hacker sofrido no ano passado
Após várias polêmicas em relação a vacinação de crianças repercutirem nas redes, o programa Na Mira da Notícia convidou, nesta quinta-feira (20), o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres. No encontro o especialista respondeu as principais dúvidas da população e desmistificou aspectos da imunização dessa faixa etária que vem sendo alvo de negacionistas.
Desde o momento em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a debater sobre a vacinação de crianças entre 5 a 11 anos, os diretores e adeptos da vacinação começaram a receber ameaças e se tornaram vítimas de fake news. Agora, com a vacinação em andamento, a saga continua.
Alexandre Ayres já inicia a entrevista destacando que “há uma desinformação muito grande que tem levado os pais a rejeitarem o imunizante, que é tão importante para a proteção dos cidadãos e, agora, dos nossos pequenos”.
Ontem (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os estados apresentassem as informações sobre supostos equívocos na vacinação de crianças, mas Ayres pontua que existem várias inconsistências nas denúncias apresentadas. “Eu posso adiantar pra vocês que há uma probabilidade muito grande de que tenha havido um ataque hacker no sistema nacional que misturou os dados e trouxe essas inconsistências nas informações das vacinações”, disse.
Dando um exemplo das irregularidades que estão sendo expostas no sistema, o secretário cita um caso de uma criança de 13 anos de Maceió. Segundo ele, o pequeno foi imunizado com a vacina da Pfizer, mas quando o CPF dele é buscado no sistema aparece que a criança tem 6 anos. Esse é um dos casos que entraram no relatório das supostas 305 crianças que foram vacinadas sem permissão.
Desmistificando a vacinação de crianças, Alexandre Ayres explica detalhadamente que “a vacina contra a Covid-19 não é nada além do que uma vacina como todas as outras que já foram e continuam sendo aplicadas nas crianças e nos adultos durante todo o período de nossa existência. Não há motivo para pânico”.
“Os casos de infecções pediátricas tem aumentado bastante em todo o mundo e é um risco que a gente corre com as nossas crianças se continuarmos com esse negacionismo”, destacou.
O entrevistado deixa claro que respeita a decisão daqueles que não queiram se vacinar, apesar de não concordar. O que ele solicita é que a população se proteja já que 80% dos óbitos da última semana eram pessoas que não se vacinaram ou que estavam com o esquema vacinal atrasado.
Uma ouvinte questionou o secretário sobre a segurança da vacina e mencionou o exemplo da criança de 10 anos que teve uma parada cardíaca, mas que no momento se encontra estável e consciente. Em resposta, Ayres orienta para que a população se informe e não acredite nas fake news que vem sedo divulgadas por grupos negacionistas com o intuito de frear a vacinação por motivação política. “O mais importante nesse momento é a gente salvar as vidas, principalmente as das nossas crianças”, acrescentou.
O secretário da Saúde lamenta as notícias falsas que tem repercutido sobre o assunto: “é um momento em que a gente vive de desinformação e guerra de fake news nas redes sociais; isso só atrapalha o nosso trabalho. Como eu disse, os dados tem demonstrado que as pessoas que não estão vacinadas estão expostas ao agravamento [da doença] e isso tem se apresentado com números. Nós não temos nenhum caso concreto de falecimento ou de risco causado pela vacina em nenhuma criança em todo o mundo, o que temos são reações adversas corriqueiras para crianças ou adultos que tomem qualquer tipo de vacina”.
Ele ainda salienta que a decisão de alguns pais de não vacinar as crianças estão as colocando em risco.
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