Para evitar superlotação, IML volta a sepultar corpos não reclamados
O instituto enterrou 10 cadáveres que os familiares ainda não reclamaram

O Instituto de Medicina Legal (IML) anunciou que vai voltar os corpos não reclamados pelas famílias em Maceió nesta quinta-feira (09).
De acordo com a Polícia Científica de Alagoas, os sepultamentos estavam suspensos por causa de uma falta de gavetas no Cemitério Municipal de São José, no bairro do Trapiche da Barra.
Chrystiano Lyra, coordenador geral de Gestão de Serviços Funerários da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), informou que ainda serão construídas 100 gavetas no local.
Os corpos enterrados faziam parte de um grupo de 150 cadáveres não reclamados pelos familiares. O Instituto já havia feito um alerta de que os defuntos estavam lotando as câmaras frias do órgão.
“Desse total de corpos, mais da metade, 69 tinham sido recolhidos em Maceió e por isso serão sepultados aqui na Capital. Além das vagas disponibilizadas, a administração do cemitério ainda disponibilizou a equipe de coveiros para ajudar nas inumações.”, explicou o técnico forense.
O chefe do IML de Maceió, perito médico legista Diogo Nilo, explicou que o problema de superlotação foi apresentado ao Ministério Público de Alagoas e a Secretaria de Segurança Pública do Estado que acionaram os municípios para a realização das inumações. O órgão também foi responsável por apresentar a principal alternativa para resolver definitivamente essa situação.
“Provocamos o MP e a SSP, sugerindo que em situações como essa, quando o cadáver não for reclamado, seja sepultado no município de origem de seu recolhimento. Não é justo, um único município receber toda a demanda de outros 53 municípios que integram a área de cobertura do IML de Maceió,” afirmou Diogo Nilo.
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