Equipe de Lula cita vazamento de agenda em Maceió no pedido de apoio à PF
Segurança do ex-presidente relatou sete episódios de violência no ano às superintendências da corporação
A equipe de segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência, enviou um pedido de apoio às superintendências da Polícia Federal, relatando uma série de episódios de violência contra o petista.
Entre os sete citados estava o que aconteceu em Maceió, quando a agenda de Lula foi vazada por integrantes da oposição política, durante a viagem do candidato à Alagoas.
“O contexto político e social no qual se realizará a operação de segurança é composto por, entre outras adversidades, opositores radicalizados, acesso a armas de letalidade ampliada decorrente das mudanças legais realizadas em 2019, ameaças de morte, ao candidato e representantes do partido, bem como a perpetração de atos de intimidação e violência, identificados antes do início da campanha, como o atentado ao ônibus da caravana de apoio ao ex-presidente Lula, alvejado em maio de 2018”, consta no ofício.
O documento afirma que os atos agressivos não se restringem ao momento da campanha eleitoral, uma vez que também podem ser verificados no período pré-eleitoral. Os citados que aconteceram neste ano foram:
- O lançamento por drone de dejetos ou pesticida durante evento em junho na cidade de Uberlândia (MG);
- A invasão do evento de lançamento das diretrizes do programa de governo em 21 de junho na cidade de São Paulo (SP);
- O cerco realizado à comitiva do candidato durante seu deslocamento em 5 de maio na cidade de Campinas (SP);
- A intimidação e tumulto ocorrido no Teatro da PUC em 31 de maio de 2022 na cidade de São Paulo (SP);
- O vazamento da agenda do candidato ocorrido em 20 de junho na cidade de Maceió (AL);
- O atentado ocorrido no dia 7 de julho na Cinelândia, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e;
- O assassinato de um ex-candidato a vice-prefeito do PT no dia 10 de julho em Foz do Iguaçu (PR).
Os delegados da PF responsáveis pela segurança de Lula relataram preocupação com a escalada dos atos de violência contra candidatos no Brasil.
A PF classificou que Lula necessita de um nível de proteção no grau máximo, devido ao risco a que está exposto o candidato, reconhecendo, portanto, a necessidade de dispor dos meios adequados para a operação de segurança.
Os grupos que atuarão com risco mais elevado contarão com o efetivo mínimo de 27 policiais federais, sendo ao menos três delegados da PF e agentes federais.