Política

Equipe de transição diz não identificar problemas urgentes na Petrobras

Informação foi passada à CNN pelo coordenador do grupo de Minas e Energia após reunião com representantes da estatal nesta segunda-feira (5)

Por 7Segundos com CNN Brasil 05/12/2022 20h08
Equipe de transição diz não identificar problemas urgentes na Petrobras
Tanques de combustível com logo da Petrobras na refinaria de Paulínia - Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo

O coordenador do grupo de técnico (GT) de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, afirmou à CNN, após reunião com representantes da Petrobras, que não foram identificados problemas urgentes na estatal. Esse foi o segundo encontro entre os membros, realizado na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

Maurício disse ainda que não há preocupação em relação aos estoques de combustíveis, que têm nível suficiente para a reta final do ano.

“A reunião foi muito boa. Uma das questões importantes é que podemos ficar tranquilos com a questão de estoque. Existem estoques suficientes para esse final de ano”, confirmou o coordenador.

Outro assunto importante abordado na reunião foi a política de preços da Petrobras, que prevê equilíbrio com o mercado internacional e é alvo de críticas de membros do grupo técnico. Segundo Maurício, o novo Ministério de Minas e Energia do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter uma nova política.

“Hoje, a gente entendeu melhor como é feita a política de preços interna da Petrobras. O novo Ministério de Minas e Energia vai ter uma política do governo que será nova. Não necessariamente quer dizer que a Petrobras vai mudar a política, mas haverá uma política determinada pelo Ministério de Minas e Energia para o país”, completou.

Maurício destacou ainda que vão ser analisadas possíveis alterações no plano estratégico de 2023 a 2027 apresentado pela Petrobras na semana passada. O GT tinha pedido à estatal que adiasse a apresentação, mas a estatal informou que não poderia atrasar a divulgação do plano. Ao mesmo tempo, a empresa informou que ele poderia ser alterado pela nova diretoria.

O documento, que estabelece as metas para os próximos quatro anos, mantém a atual política de distribuição de superdividendos, também criticada pelos membros da transição, e investimentos na produção de óleo e gás.

O encontro desta segunda-feira (5) também teve a presença do senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, principal nome cotado para ser presidente da estatal.

O grupo da transição deve permanecer na capital fluminense até quarta-feira (7), onde também vai se reunir com representantes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e da Empresa de Pesquisa Energética.

O objetivo é levantar informações sobre a situação atual do setor no país e identificar se há ações emergenciais que precisem ser adotadas.