Lançamento de foguete sul-coreano em Alcântara (MA) é adiado para análise de veículo
Voo é uma parceria da sul-coreana Innospace com a Força Aérea Brasileira (FAB)
O lançamento de um foguete do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, prevista para esta terça-feira (20), foi adiado para que novas análises em uma das válvulas do veículo lançador de satélites. O voo é uma parceria da sul-coreana Innospace com a Força Aérea Brasileira (FAB), através do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
“A equipe do Centro Espacial de Alcântara se encarregará desta questão em breve e definirá uma nova data prevista para o lançamento. Esperamos a decolagem em breve. Acompanhe as atualizações”, disse a empresa em uma postagem no Twitter.
O foguete HANBIT-TLV, produzido pela Innospace, é um pequeno lançador de satélites não tripulado que mede 16,5 metros e pesa 8,4 toneladas.
O lançamento, batizado de Operação Astrolábio, deve marcar o primeiro teste do equipamento sul-coreano e não deve ultrapassar os 100 quilômetros de altitude. O foguete utiliza um sistema patenteado de alimentação por bomba elétrica com propulsores à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que torna a fabricação mais rápida e de menor custo.
O veículo estará equipado com a carga útil denominada Sistema de Navegação Inercial (Sisnav), desenvolvida por militares e profissionais civis brasileiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
O sistema é um experimento tecnológico essencial para a navegação autônoma e um grande passo em direção à independência no desenvolvimento de veículos para lançamentos de satélites de todos os tipos.
O veículo não passará por áreas habitadas e os pontos de impacto do propulsor e da carga útil, que caem no Oceano Atlântico, ocorrerão a mais de 50 km da costa, não oferecendo perigo à população ou prejuízos ambientais.
O Centro de Lançamento do município maranhense é tido como estratégico no mercado espacial por causa de sua proximidade de apenas 17 minutos em relação à Linha do Equador, fazendo com que os voos partindo de lá cheguem mais rápido ao espaço, resultando em economia de combustível, um dos principais gastos para essa operação.
(Publicado por Carolina Farias com informações da Agência Brasil )