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Pinto da Madrugada arrasta cerca de 400 mil pessoas em desfile histórico pela orla de Maceió

“Um brinde à vida” invadiu a avenida das prévias carnavalescas em frevo, fantasias, harmonia e muita alegria

Por Assessoria 12/02/2023 13h01
Pinto da Madrugada arrasta cerca de 400 mil pessoas em desfile histórico pela orla de Maceió
Pinto da Madrugada arrasta cerca de 400 mil pessoas em desfile histórico pela orla de Maceió - Foto: Ascom



Com o tema, “O Pinto da Madrugada é massa, um brinde à vida”, o maior bloco de carnaval de Alagoas e Patrimônio Imaterial da Cultura Alagoana, em parceria com a Prefeitura de Maceió, desfilou sábado, dia 11, levando pela avenida cerca de 400 mil pessoas ao som de 18 orquestras alagoanas e alegorias enaltecendo o frevo. “Foram quase mil músicos no chão, arrastando pela orla toda essa simbologia do carnaval tradicional que o Pinto da Madrugada representa”, disse Hermann Braga, dirigente do bloco.

O bloco inovou com a cadeira Gigante como carro alegórico, simbolizando Maceió, e dos dez bonecos gigantes, dez vieram de Olinda. Dos cinco de Alagoas, um homenageava Marcial Lima, que ajudou a fundar o Pinto da Madrugada, outro o embaixador do frevo, Edécio Lopes, e mais um representando o médico José Alfredo Vasco, os três já falecidos. Também desfilaram, um carro com convidados fantasiados e o Trenzinho Cultural, com personagens.

O Pintoca, carro sonorizado com a Orquestra Pajuçara no Frevo, que já é tradição no desfile, empolgou os milhares de foliões na avenida. “Aqui é só frevo, frevo no pé, no chão, na cultura, na história do nosso bloco e das prévias carnavalescas de Maceió e Alagoas”, comemorava Braga Lyra, um dos fundadores do bloco. “A gente vê essa explosão de alegria e se emociona a cada ano em que o Pinto sai desde 2000”, enfatizou.

A Orquestra do Maestro Almir Medeiros também desfilou em um trio elétrico, puxando frevos antigos. Segundo Hermann Braga, “uma honra para o bloco Pinto da Madrugada ter o Maestro Almir conosco”. Em um dos carros sonorizados, a Orquestra Alagoas do Passado, com dez componentes, e as cantoras Emília, Lavínia e Ismair, levou à pista frevos líricos e canções, liberada pelo maestro Wellington Pinheiro, que será registrado como o primeiro Patrimônio Imaterial do Pinto da Madrugada.

Em mais um carro sonorizado, a Orquestra Terremoto, de Coqueiro Seco, “arrepiou” os foliões com seu repertório de marchinhas. “As outras orquestras vieram no chão, como é de tradição do Pinto da Madrugada”, enfatizou Hermann Braga, citando que, mais uma vez, o desfile do Pinto teve destaque na mídia nacional. Mas foi o encontro entre três dos quatro fundadores do bloco, na pista, que emocionou quem viu, relata Hermann. “Braga Lyra, Eduardo Lyra e Marcos Davi, o abraço de gigantes”, destacou.

Os 5 Clarins do Galo da Madrugada, padrinho do Pinto, também participaram do desfile. Nos prédios ao longo do percurso do desfile, pessoas fantasiadas festejavam o bloco, fazendo o passo a cada orquestra que passava levando o frevo no som. Moradores enfeitaram suas varandas e ergueram brindes ao bloco; nos camarotes, muita gente saudava a mascote e as alegorias, e não resistia ao frevo no pé.

E nas imediações do Marco dos Corais, onde o bloco finalizou seu desfile, ainda houve canja dos músicos e muita animação. No Camarote do Pinto da Madrugada, onde várias autoridades passaram por lá, como secretários municipais e o prefeito da capital, JHC, a canja ficou por conta do compositor Carioca Wanderley Monteiro, da Escola de Samba Portela, o grupo Samba da Periferia e a cantora Millane Hora.

Participaram do desfile orquestras de Maceió e de mais 10 municípios alagoanos, Água Branca, Piaçabuçu, Matriz de Camaragibe, Traipu, Penedo, São Miguel dos Campos, União dos Palmares, Marechal Deodoro, São Brás e Coqueiro Seco.