O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que o adiamento da votação do projeto de lei das Fake News não significa que a matéria será enterrada. A declaração foi dada durante entrevista à GloboNews.

O projeto estava em pauta e seria votado na terça-feira (02), mas foi adiado após pressão das grandes empresas de tecnologia e de parlamentares contrários ao relatório apresentado pelo relator do projeto Orlando Silva (PCdoB).

Lira criticou a atuação das big techs, afirmando que elas “ultrapassaram todo limite da prudência”, como se “tivesse impedido o funcionamento do poder”. O presidente da Câmara informou ter acionado a advocacia e o corpo técnico da Casa para investigar eventuais relatos de deputados que sofreram pressão por parte das empresas.

Lira afirmou, ainda, que está colecionando depoimentos de parlamentares sobre ameaças físicas e pessoais que teriam sofrido nas redes sociais.

O projeto de Lei das Fake News tem como objetivo combater a disseminação de notícias falsas e a manipulação de informações nas redes sociais. No entanto, a proposta é criticada por empresas de tecnologia, que afirmam que ela pode ferir a liberdade de expressão na internet.