Mulheres representam 43% das mortes por infarto em Alagoas; número aumentou em 2022
Neste ano, os dados, compilados até 26 de junho, apontam que no geral foram 661 mortes por infarto, das quais 324 eram mulheres

As mulheres representaram 43,3% das mortes por infarto em Alagoas no ano de 2022. No ano em questão, o total no estado foi de 1.794, dos quais 778 eram mulheres. Os dados foram obtidos pelo 7Segundos Maceió, através do Portal da Transparência do Registro Civil.
À época, a quantidade de mulheres vítimas de infarto aumentou 25,4% em relação a 2021, enquanto que o número geral no quesito em Alagoas cresceu 17,9%. Em 2021, os índices caíram na comparação com 2020, mas em 2022 a quantia volta a crescer.
Neste ano, as informações – compiladas até 26 de junho – apontam que no geral foram 661 mortes por infarto, das quais 324 eram mulheres, representando 49% dos óbitos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a prevenção inclui alimentação adequada, prática regular de atividades físicas e o não consumo de álcool e qualquer tipo de tabagismo.
Número de vítimas aumenta entre as mulheres mais jovens no Brasil
O Brasil teve aumento de cerca de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto de 1990 para 2019. Na faixa etária de 50 a 69 anos, o número quase triplicou, com alta de aproximadamente 176%. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Tradicionalmente menos afetado por esse tipo de problema, o público feminino teve agora aumento similar ao registrado entre homens. Entre os motivos estão as mudanças no estilo de vida, que levaram a mais sedentarismo, estresse, entre outros fatores de risco. Segundo Gláucia Maria Moraes de Oliveira, do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, o cenário das mulheres em relação a infarto merece atenção especial.
A especialista alerta que a falta de conhecimento delas sobre os sintomas as leva a procurar tardiamente um médico e, consequentemente, a terem um pior desfecho. Isso porque elas podem ter sintomas diferentes daqueles apresentados homens. Eles geralmente sentem dor intensa no peito, enquanto elas podem ter apenas cansaço extremo ou sinais semelhantes a uma crise de ansiedade.
Gláucia diz que até mesmo alguns médicos não estão preparados para diagnosticar corretamente o infarto em mulheres.
Historicamente, foi atrelado aos homens maior risco de infarto por seus hábitos de vida, geralmente menos saudáveis que os das mulheres. Diante disso, muitos médicos da família e clínicos gerais, que atendem em pronto-socorro, estão mais atentos aos sinais do problema cardiovascular nos homens.
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