Polícia

Carta achada em esgoto mostra que PCC tentou resgatar membros no Presídio do Agreste

Trecho divulgado em reportagem do Metrópoles relata outros possíveis crimes da facção no Estado

Por 7Segundos com Metrópoles 11/11/2023 14h02 - Atualizado em 11/11/2023 15h03
Carta achada em esgoto mostra que PCC tentou resgatar membros no Presídio do Agreste
Segundo a Justiça paulista, cartas foram escritas por sete chefões do PCC e continham mensagens sobre ações nos 26 estados e no DF - Foto: Reprodução/MPSP

Uma das cartas do PCC divulgadas pelo portal Metrópoles fala de uma mal sucedida tentativa de resgate de presos da facção do Presídio do Agreste. A mensagem, que aparece sem data, fala também sobre crimes que teriam sido cometidos pelo PCC em Alagoas, como disparos de arma de fogo em uma delegacia e incêndio de uma viatura, além do interesse da facção de resgatar membros que estariam em contato com integrantes de outra facção criminosa dentro do sistema prisional.

Neste sábado (11), o Metrópoles publicou reportagem do jornalista Felipe Resk sobre cartas escritas a mão atribuídas a líderes do PCC que foram encontradas no esgoto da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Os manuscritos ligam a facção a crimes cometidos em todos os estados do país, desde tráfico de drogas até ataques a grupos rivais e agentes públicos. 

(continua após a imagem)

Conforme a reportagem, as cartas encontradas após a instalação de telas de contenção nos dutos da rede esgoto do presídio no interior paulista em 2017, são atribuídas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) a sete chefões do PCC. Eles seriam os responsáveis pela “Sintonia dos Estados e Países”, célula da facção responsável por coordenar os integrantes e as ações criminosas fora de São Paulo, ligada à “Sintonia Final”, a alta cúpula do grupo.

As dezenas de cartas serviram como base para condenar os sete chefões a mais 12 anos de prisão. A sentença foi proferida no mês passado.

Atualmente, de acordo com o autor da reportagem, o MPSP calcula que o PCC é formado por 100 mil integrantes no Brasil, sendo 40 mil “irmãos” e 60 mil “companheiros”, os que não são batizados. A facção também opera em outros 23 países.