Alagoas participa de curso voltado à atuação policial antirracista do Ministério da Justiça
Formação acontece no âmbito do Pronasci e visa debater políticas públicas de combate ao racismo estrutural no contexto do enfrentamento à criminalidade

A Secretaria de Segurança Pública participa do curso “Formação de Multiplicadores - Polícia Antirracista”, oferecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), inserido no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2), que tem como um dos eixos prioritários o combate ao racismo estrutural. A capacitação teve início na última segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, e segue até a próxima sexta-feira, na sede da pasta, em Brasília.
Enviado para representar Alagoas, o tenente Alex Acioli, chefe de Articulação de Polícia Comunitária, explica que a ideia é sensibilizar o profissional da segurança sobre o racismo dentro e fora das instituições.
“O curso mira na sensibilização do profissional de Segurança Pública para atuar com foco numa técnica operacional pautada no respeito aos Direitos Humanos dos cidadãos e o desenvolvimento de uma cultura organizacional capaz de construir estratégias para prevenir e coibir as diversas práticas racistas que ocorrem na sociedade”, disse o oficial.
Após o curso, a Chefia de Articulação da Prevenção da Violência e a Chefia de Ensino Integrado da SSP deverão reunir-se para criar um calendário de instruções, sensibilizações e seminários ligados à temática para difundir o conhecimento e capacitar os operadores da segurança pública de Alagoas para uma melhor atuação policial frente às ocorrências que envolvam os crimes de racismo.
O CURSO
Promovido pela Diretoria de Ensino e Pesquisa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (DEP/Senasp/MJSP), o curso tem entre seus objetivos desenvolver no profissional de segurança pública a capacidade de identificar os métodos de atuação policial para enfrentar o fenômeno da criminalidade e violência em contextos de vulnerabilidade social com destaque para os grupos étnico-raciais; conhecer as implicações jurídicas de comportamentos racistas e do descumprimento da doutrina e da técnica na atividade policial; e reconhecer os impactos negativos do racismo estrutural tanto nas condições de trabalho e na qualidade de vida do profissional de segurança pública, quanto na elaboração e implementação das políticas de segurança pública.
Ao todo, participam 37 profissionais das forças de segurança, que integram as polícias civil e militar dos 26 estados e do Distrito Federal (DF), e que atuarão como replicadores em cursos de formação locais.

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