Com manifestação na porta da Câmara, vereadores dizem o que pensam sobre o aborto
O projeto de lei que tramita em Brasília ganhou destaque na Casa de Mário Guimarães

A porta da Câmara de Vereadores de Maceió ficou repleta de manifestantes na manhã desta terça-feira (18), que pediam a derrubada do PL 1904 que equipara o aborto à homicídio, se realizado após a 22º semana de gestação . Os poucos vereadores presentes divergiram sobre o projeto de lei que tramita na capital federal com o apoio de Arthur Lira (PP).
Quem trouxe a pauta para o Plenário da Casa foi a vereadora Teca Nelma (PT), que momentos antes do início da sessão estava junto dos manifestantes pedindo a derrubada o PL do Aborto.
A petista declarou na tribuna seu apoio aos manifestantes que estavam do lado de fora da Câmara e disse que as mulheres são as primeiras a sofrerem quando a democracia é atacada.
Para Teca, o projeto precisa ser contrariado na Justiça assim como uma matéria apresentada pelo vereador Leonardo Dias (PL) que exigia a exibição de imagens de fetos para mulheres que iriam passar pelo aborto legal. A proposição foi aprovada na Casa, mas derrubada pelo Tribunal de Justiça.
“Se a gente não ganha aqui dentro da Casa, a gente vai trazer a constitucionalidade em voga. A gente vai lutar para derrubar esse tipo de projeto fora da Câmara, como aqui já fizemos”, contou Teca.
O vereador bolsonarista também entrou na discussão sobre o tema, dizendo que seria necessário tirar a cortina de fumaça que vem sendo colocada pela esquerda.
Dias acredita que o projeto é importante porque defende a vida de futuras crianças. “A lei propõe que fetos acima de 22 semanas não sejam torturados. Um bebê com 22 semanas é um bebê totalmente viável com 15% de taxa de sobrevivência. Não é muito, mas dá-se o direito dessa criança viver”, disse.
O vereador disse ainda que não são os políticos de direita que defendem estupradores, e sim a esquerda. “Dizem que a extrema direita defende estuprador, mas quem vota contra aumentar pena de estuprador é a esquerda”.
Capacitado para debater o tema, o vereador Cleber Costa, médico bastante conhecido na cidade, defendeu a realização do aborto nas circuntâncias em que hoje é permitido pela legislação.
“Como católico sou contra o aborto, mas entendo que o estado é laico e, como político, tenho que defender a demanda da população. Quem no seu íntimo achar que é contra, não o faça”, disse.
Nesta terça-feira, após a repercussão negativa nacionalmente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), voltou atrás e não vai pautar o PL do Aborto nesta semana. Lira disse que vai criar uma comissão especial para discutir o tema no segundo semestre deste ano.
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