Na última quinta-feira (31), o Ministério da Saúde, por meio do boletim divulgado sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), registrou no Brasil um aumento dos casos de influenza B, vírus causador da gripe. O boletim divulgado no dia 25 de outubro, revelou que esse patógeno já respondia por 12% dos casos e 13% de óbitos. O vírus ocupa o segundo lugar nas mortes por SRAG, atrás apenas do vírus da Covid-19.

Em Maceió, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de janeiro até outubro de 2024 houve um total de 111 casos de gripe. Comparado ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 66 casos. Naquele ano, foram registrados 45 casos da doença.

Os meses que tiveram os maiores números foram março e abril, com 43 e 38, respectivamente. No ano passado, abril (16) e maio (8) foram os meses que tiveram o maior registro.

O órgão explica que os casos de SRAG por influenza ocorrem durante todo o ano, mas com uma maior frequência nos meses de outono e inverno, que correspondem à sazonalidade da doença, ou seja, ao período em que há um maior registro de aumento ou queda de casos. Esse período pode ser influenciado por fatores externos, como: estações do ano, datas comemorativas, tradições, eventos culturais, temporadas agrícolas, entre outros.

"É um período de sazonalidade que tem relação com as baixas temperaturas e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados. Crianças menores de 5 anos e idosos possuem maior incidência, demonstrando a importância da vacina anual como a principal ferramenta na prevenção de casos graves e óbitos, além de evitar a sobrecarga dos serviços de saúde", disse a SMS.

Na capital alagoana, os registros aumentam na quadra chuvosa que se inicia no mês de abril. De acordo com a secretaria, no comparativo dos casos notificados no Município nos anos de 2023 e 2024, há um aumento de registros dos casos mês a mês, porém com um maior número em 2024. "Seja por aumento na procura dos serviços de saúde, aumento da testagem, ou aumento no número de Unidades de Saúde (UPAs e Hospitais)", frisou o órgão.

No mês de outubro deste ano não houve registro de casos da doença. Seguindo o padrão anual, a menos que ocorra algum evento inusitado, os casos seguem em baixa em consequência das estações quentes do ano: primavera e verão.

Os dados foram disponibilizados pela SMS, por meio da vigilância epidemiológica da Influenza, que verifica as notificações dos casos de SRAG no Sistema SIvepGrip. Apenas resultados positivos de influenza de pessoas hospitalizadas contabilizam os casos da doença.