Pesquisadores pedem realocação e apontam declínio da saúde mental de moradores dos Flexais
Texto traz argumentos que pontuam negligência dos acordos firmados

Após a grande repercussão que tomou a situação de isolamento socioeconômico dos moradores dos Flexais devido à tragédia ambiental causada pela mineradora Braskem, um grupo de pesquisadores independentes divulgou, nesta quarta-feira (06), uma nota técnica em apoio à população da região afetada. Os moradores da área pedem a realocação enquanto que a Braskem defende a revitalização da região.
A situação de abandono dessa população acabou sendo ampliada com o falecimento da Dona Pureza, moradora da região dos Flexais que tirou a própria vida no último dia 31 de outubro, devido à falta de esperanças diante das circunstâncias do caso. Na nota dos pesquisadores, Dona Pureza é citada, e sua morte é vista como “mais um capítulo trágico do desastre continuado que atingiu e continua atingindo a população”.
A nota, assinada por diversos doutores e mestres em áreas como Sociologia, Psicologia, Educação, Direito, entre outros, enfatiza a correlação entre o isolamento social e econômico que essas pessoas estão vivendo com o declínio da saúde mental delas, algo que não pode continuar sendo ignorado pela justiça e nem pela responsável pelo afundamento do solo de diversos bairros da capital alagoana.
Os pesquisadores apontam que a região dos Flexais foi excluída do mapa oficial de áreas afetadas e que houve uma limitação técnica dos acordos extrajudiciais que ignoraram o diagnóstico socioeconômico da região. Isso acabou comprovando o quanto os Flexais, de fato, foram abandonados em um isolamento que tem causado enorme sofrimento para aquela população.
A nota prossegue explicando que a ideia de revitalizar a área, em vez de realocar os moradores isolados, surgiu a partir de um Termo de Acordo assinado em outubro de 2022 entre a Prefeitura de Maceió, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual de Alagoas, a Defensoria Pública da União e a Braskem. Segundo a Braskem e demais envolvidos neste acordo, o projeto consiste em revitalizar vias locais, criar áreas de lazer, construir creche e centros comerciais, entretanto, esse projeto foi rejeitado pela comunidade.
O texto traz uma série de argumentos que pontuam desde a negligência dos acordos já firmados entre poderes públicos e empresa responsável com os moradores dos Flexais, com impacto direto na saúde mental dessas pessoas, até a violação de direitos, como o direito a simples existência, com moradia digna, saúde, educação e trabalho justo.
Os pesquisadores concluem pautando que seja feita a ampliação do Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias, e que se reconheçam os territórios das bordas como atingidos e que seja garantido o apoio interdisciplinar, psicológico e psicossocial às comunidades afetadas.
Veja nota na íntegra acessando link abaixo:
https://drive.google.com/file/...
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