Funcionário de delator do PCC pegou sacola com joias em quiosque na orla de Maceió
Assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, Vinícius Gritzbach levava uma mala com joias avaliadas em R$ 1 milhão
Um dos seguranças de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC que foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, disse em depoimento à polícia que durante a viagem a Alagoas um funcionário do delator foi até um quiosque na avenida da praia em Maceió para pegar uma sacola pequena de um homem desconhecido.
O soldado disse que não sabe se eram as joias, no valor de R$ 1 milhão, que o Gritzbach levava na bagagem ao desembarcar no aeroporto de SP. O delator era acusado de lavar dinheiro da facção criminosa e foi executado com 10 tiros na sexta-feira (8).
Segundo informações da polícia, familiares teriam relatado que Vinícius tinha ido à capital alagoana para cobrar uma divída de um conhecido. Porém, não há confirmação se o conteúdo da sacola tem relação com a dívida.
A Polícia Civil investiga se as joias têm alguma relação com o assassinato. Em delação premiada ao Ministério Público, Gritzbach entregou policiais supostamente corruptos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), além de dois distritos policiais da Zona Leste da capital paulista.
Na viagem, que durou sete dias, o segurança também acompanhou o delator e a namorada dele em visitas a imóveis para locação em São Miguel dos Milagres, a cerca de 100 km de Maceió. O casal queria passar a festa de fim de ano com a família na praia.