Professor Álvaro Queiroz conta os bastidores da implantação da República no Brasil à Rede Antena7
Pensamento republicano já era disseminado entre os militares da época
O professor de História, Álvaro Queiroz, falou ao programa Antena Manhã, da RedeAntena7 e Grupo 7Segundos de comunicação, na manhã desta sexta-feira, 15 de novembro, data de aniversário da Proclamação da República no Brasil, sobre os bastidores do processo de implantação do então novo regime político da época, em oposição à já desgastada monarquia.
Na entrevista, concedida ao vivo ao jornalista e apresentador, Abidias Martins, o professor Álvaro Queiroz contou que o processo da proclamação da República no Brasil se deu devido à existência no país de um movimento republicano liderado por civis e militares.
De acordo com as explicações do professor, na Escola Militar Brasileira já existia entre os jovens oficiais militares, a disseminação da filosofia republicana desde a época da Guerra do Paraguai, em 1870, que essas idéias republicanas e de corrente de pensamento positivista (corrente filosófica criada pelo filósofo francês Auguste Comte – 1798/1857 - que defende que o conhecimento verdadeiro é obtido por meio da ciência e da observação empírica).
Álvaro explicou que a Marinha Brasileira era mais ligada à monarquia, mas o Exército sempre defendeu os ideais republicanos, principalmente com os jovens oficiais, influenciados também pelo professor e Tenente-Coronel, Benjamim Constant, que integrava a Escola Militar do Exército Brasileiro e começou a aderir cada vez o republicanismo, também influenciados pelo surgimento nessa mesma época, do recém-fundado Partido Republicano.
“Outra influência desses jovens militares foi o Marechal Floriano Peixoto, considerado herói da Guerra do Paraguai”, disse o professor.
Álvaro Queiroz contou ainda que essa ala, tomada fortemente por essa corrente de pensamento republicana, foi decisiva no processo da implantação da república no Brasil a partir da derrubada da monarquia, que há décadas e anos já não agradava as mais diferentes camadas da sociedade brasileira, desde a classe política, os indígenas, a população negra, os comerciantes, profissionais liberais, intelectuais, etc.
“Essa influência militar durante esse processo de transformação política era chamada de República da Espada, justamente por conta da influência desses líderes militares que encabeçaram o movimento republicano brasileiro”, explicou Álvaro Queiroz.
Ele explicou ainda que essa jovem “oficialidade” era toda formada com essa mentalidade republicana e positivista, inspirada por Auguste Comte.
Ouça a entrevista completa e saiba mais sobre esse processo acessando o áudio da entrevista no nosso arquivo de áudios mais abaixo.