Serial killer de Maceió fotografava lápides das vítimas e tinha fotos dos próximos alvos
Em sua maioria, vítimas eram jovens, morenas e tinham cabelos cacheados
Albino Santos Lima, de 42 anos, considerado pela polícia como o maior assassino em série de Alagoas, marcava no calendário as datas de seus crimes. De acordo com as investigações, em alguns casos, ele chegou a visitar cemitérios e fotografar as lápides de suas vítimas.
O programa Fantástico, da TV Globo, desse domingo (17), revelou detalhes sobre a investigação, inclusive que a arma usada para matar a adolescente Ana Beatriz foi essencial para descobrir outras nove mortes.
"O celular foi formatado, mas conseguimos recuperar credenciais de contas dele. Com essas credenciais, recuperamos arquivos de mídia. Entre eles, havia dois diretórios específicos: um chamado 'odiada Instagram' e outro, 'morte especiais'", revelou Ivan Excalibur de Araújo Pereira, perito do caso.
"Os peritos encontraram várias fotografias de indivíduos que ainda estão vivos, seriam vítimas em potencial", afirmou o delegado Gilson Rego Sousa, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa.
Quem eram suas vítimas?
No depoimento, Albino Santos de Lima confessou 8 dos 10 crimes atribuídos a ele pela polícia e admitiu que monitorava as vítimas por meio das redes sociais. Ele afirmou que todas as suas vítimas faziam parte de uma organização criminosa, mas as investigações mostraram o oposto.
"Nós identificamos 10 vítimas e nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Dessas dez, três eram do sexo masculino e sete eram mulheres", explicou a delegada responsável pelo caso.
De acordo com as investigações, as mulheres tinham um perfil muito semelhante: morenas, jovens, geralmente com cabelo cacheado. Entre elas, havia uma mulher trans com esse mesmo perfil físico.
Durante o interrogatório, a delegada perguntou: "O senhor já tinha alguns alvos planejados para matar?" Albino respondeu: "Futuramente, eu iria começar a fazer outros planejamentos e outras execuções."