[Vídeo] Advogados alagoanos debatem sobre ataques ao STF no 8 de Janeiro
Encontro ocorreu no programa Antena Manhã, da Antena 7, sob mediação do jornalista Abidias Martins
Os advogados Welton Roberto e Álvaro Costa participaram do Debate Lado a Lado, da Antena 7, nesta quarta-feira (8), para uma discussão sobre os dois anos do episódio que marcou a história política no Brasil.
À época, em 2023, golpistas convocados nas redes sociais chegaram a Brasília em dezenas de caravanas financiadas por terceiros, que se juntaram a radicais acampados em frente ao quartel do Exército.
O grupo avançou até a Esplanada dos Ministérios escoltado por policiais militares do DF. A maioria facilitou as ações e comemorou com os invasores, que destruíram móveis, vidros, obras de arte e demais objetos.
Para o advogado Welton Roberto, essa invasão foi uma tentativa clara de golpe e que o oito de janeiro começou a ser gestado após a vitória do presidente Lula.
"A gestão desse golpe sucedeu de forma articulada. O oito de janeiro começou muito antes, nós vimos. Não se respeitou a vontade da maioria, começou a ser inventado código fonte, a questionar a eleição e as urnas. Não teve uma manifestação livre, e quebraram tudo", disse ele.
Welton também afirmou que não tem dúvidas de que se o presidente do Superior Tribunal Federal (STF) e dos demais Ministérios estivessem lá, já teriam sido assassinados. "Eles [golpistas] atacaram policiais, saíram muito feridos. Há uma certa tentativa de achar de que foi uma manifestação de pensamento, mas foi um pensamento que queria fazer com que a democracia sofresse algum golpe", explicou o advogado.
Para Álvaro, foi um episódio que foi marcado na história como algo ruim e que no meio dos manifestantes havia gente que incitou a violência e o vandalismo.
"Não é esse tipo de manifestação que a gente quer ver. Poderia ter gritado suas palavras de ordem de longe, seria uma coisa diferente. Espero que as pessoas não percam essa capacidade de se manifestar, de pedir por dias melhores, saúde, educação, moradia", disse o outro advogado.
Anistia e a lição que fica
Álvaro Costa também comentou que houve crime e que a ideia de anistia nasceu e tem se fortalecido por conta do julgamento que tem sido feito pelo STF referente às pessoas que invadiram o local.
"Uma senhora que defecou ter 15 anos de prisão é inconcebível, tem pessoas que morreram por lá que pediram prisão domiciliar, a união vai ter que reparar esse dano. Esse movimento da anistia eu não concordo, desde que as penas sejam aplicadas de forma correta. Um crime de ano é de um a 6 meses. Estão comparando aquelas pessoas a homicidas."
Ao fim do debate, Welton Roberto afirmou que o que fica de lição em relação ao 8 de janeiro é que os dois lados, que são fortes, precisam dialogar.
"O que a gente precisa no país é pacificação. Os dois lados precisam compreender que essa guerra de narrativas, acusações e agressões não têm servido para ninguém, nem para a democracia. Não podemos perder a capacidade crítica", concluiu.
Assista ao debate: