A Defesa Civil confirmou durante reunião, realizada na segunda-feira (27), com representantes da Defensoria Pública de Alagoas (DPE-AL), que os danos da infraestrutura dos imóveis localizados na borda do mapa de risco são causados pela atividade da empresa Braskem.

Segundo o coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva, o defensor público Ricardo Antunes Melro, apesar dos danos, essas residências não apresentam risco de desabamento.

Os moradores desses imóveis se encontram em uma região limítrofe do mapa de risco do afundamento do solo, provocado pela Braskem, ou seja, as estruturas ficam próximas às áreas afetadas pela tragédia ambiental.

Na ocasião, Ricardo Antunes fez vários questionamentos para os representantes da Defesa Civil a respeito das medidas que serão adotadas para garantir a segurança das pessoas. 

"Se essas estruturas não receberem manutenção ou reformas necessárias, a tendência é que se deteriorem ainda mais. Isso não os colocaria, eventualmente, em situação de risco? E mais: quem deve custear essas manutenções? Para nós, a resposta é evidente – a responsabilidade deve recair sobre quem deu causa ao problema: a mineradora. A Defesa Civil concordou com esse posicionamento", questionou o defensor.

A Defensoria Pública também informou que solicitou mais informações à Defesa Civil e aguarda retorno para dar seguimento às providências necessárias.