Polícia

‘Golpe do abadá’: polícia faz apelo para que vítimas denunciem; veja o que se sabe

Ao todo, 26 boletins de ocorrência foram registrados até o momento

Por 7Segundos 07/03/2025 13h01 - Atualizado em 07/03/2025 14h02
‘Golpe do abadá’: polícia faz apelo para que vítimas denunciem; veja o que se sabe
Coletiva de imprensa sobre o caso ocorreu nesta sexta-feira (07) - Foto: Ascom

A Comissão de delegados que investiga o suposto ‘golpe do abadá’ fez um apelo, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (07), para que todas vítimas registrem boletim de ocorrência. Um grupo de foliões denuncia ter sofrido golpe de uma intermediária na compra de festas de Carnaval, que ocorreriam em Olinda, Recife e Salvador.

A intermediária é uma jornalista e produtora de eventos, que não teve o nome divulgado pela polícia. Ao todo, 26 boletins de ocorrência foram registrados, alguns deles com mais de duas pessoas da mesma família como vítimas.

De acordo com o delegado Igor Diego, elas vão ser ouvidas a partir da próxima segunda-feira. No entanto, só será possível estimar o número de vítimas e o valor do prejuízo se todas procurarem a polícia.

“Com a representação de cada vítima, a gente vai poder tomar as medidas judiciais cabíveis (...). Saber onde esse dinheiro entrou, para onde ele foi. Com aparecimento de todas vítimas, vamos saber se tem possibilidade correr logo bloqueio de contas, apreensão de bens do patrimônio da autora para que sejam ressarcidos os valores”

Como ocorreu?


De acordo com os primeiros levantamentos, a produtora de eventos já intermediava venda de ingressos de grandes festas. Os clientes transferiram os valores para uma conta dela, ou da sobrinha dela e ainda poderiam utilizar uma maquineta.

No entanto, com a proximidade do Carnaval deste ano, as vítimas relataram que ela parou de responder e não entregou os ingressos até a data dos eventos. As festas custam entre R$ 800 e R$ 1 mil.


“Nós já apuramos que de fato essa pessoa vendia ingressos de camarote em vários outros eventos e todas que compravam já adotavam essa forma de pagamento, seja na maquineta, seja via pix diretamente na conta dela. Mas de fato, agora no Carnaval, vamos apurar porque isso aconteceu, uma vez que a autora é uma pessoa bastante conhecida da sociedade alagoana”.

Segundo o delegado Igor Diego, a produtora de eventos não está em situação de flagrante e, por isso, não será detida no momento. Ela será ouvida após a polícia colher o depoimento das pessoas lesadas.