Política

Moraes pede que defesa de Collor explique ausência de exames de Parkinson

Ministro deu ontem 48 horas para que os advogados comprovassem

Por UOL 29/04/2025 12h12
Moraes pede que defesa de Collor explique ausência de exames de Parkinson
Ex-presidente Fernando Collor - Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

O ministro do STF Alexandre de Moraes pediu hoje que os advogados do ex-presidente Fernando Collor expliquem a falta de exames relacionados ao diagnóstico de Parkinson do ex-presidente.

O que aconteceu


Moraes deu novas 48 horas para que a defesa apresente íntegra dos exames de Collor, inclusive os de imagem. O ministro quer analisar os documentos para decidir sobre o pedido de prisão domiciliar para o ex-presidente feito pelos advogados.

Ministro deu ontem 48 horas para que os advogados comprovassem que o ex-presidente tem Parkinson, bipolaridade e apneia do sono grave. Os diagnósticos foram usados pela defesa para justificar o pedido de prisão domiciliar humanitária de Collor. Os documentos médicos foram apresentados, mas Moraes pediu hoje a íntegra dos exames como complemento ao anexado pela equipe jurídica do ex-presidente.

Ministro citou hoje a "inexistência" de exames realizados sobre o diagnóstico de Parkinson de Collor e pediu explicações. "Esclareça a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a Doença de Parkinson", afirmou Moraes.

Collor está preso desde sexta-feira passada, por decisão de Moraes. Ele determinou que o ex-presidente cumpra a pena de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora entre 2010 e 2014.

STF decidiu ontem manter prisão do ex-presidente, por 6 votos a 4. Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli se posicionaram pela continuidade da prisão. Já André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram pela soltura. Cristiano Zanin se declarou impedido, como costuma fazer em processos ligados à Lava Jato.