Rede Estadual de Educação anuncia paralisação na próxima terça-feira (6)
Reajuste de 10% e outras pautas estão sendo cobradas do Governo do Estado
Cobrando respostas do Governo do Estado às reivindicações da Campanha Salarial 2025, trabalhadores da rede estadual de educação de Alagoas realizam, na próxima terça-feira (6), um dia de paralisação com assembleia geral no Centro Cultural do Sinteal, a partir das 9h, em Maceió. Com data-base em maio, o Sinteal informou que enviou ofício há meses com a pauta da categoria, mas não houve retorno.
“Tentamos antecipar a negociação, apresentamos a pauta, insistimos por um diálogo com o governador para que, agora, na data-base, já fosse possível implantar o percentual e encaminhar as outras pendências, muitas delas, inclusive, são parte do acordo que finalizou a greve de 2023, mas não estão sendo cumpridos pela gestão. Mais uma vez vamos precisar parar as atividades, ocupar as ruas, para que Paulo Dantas compreenda a importância da educação e nos receba”, disse o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro.
A paralisação foi definida pela categoria em assembleia realizada no dia 23 de abril, em frente ao Palácio do Governo, após a manifestação realizada em Maceió por conta do Dia Nacional da Paralisação em Defesa da Educação Pública. Iniciado o mês de maio, a assembleia deve definir, caso o governo estadual não sinalize com respostas até lá, uma agenda de luta para pressionar a abertura de negociações.
A pauta é extensa. Em se tratando de valorização dos profissionais, eles reivindicam reajuste Salarial de 10% para toda a categoria; atenção à saúde do trabalhador da educação; atualização nos valores do auxílio-alimentação e adicionais de Difícil Acesso e Difícil Lotação; equiparação na tabela de proventos dos aposentados e aposentadas; pagamento de dedicação exclusiva e alteração na legislação em relação à trava de mudança de nível 1 para gestão democrática.
Para garantir melhores condições de trabalho e funcionamento das escolas, entre outras coisas, eles cobram concurso público e aumento de carga horária dos profissionais efetivos para cobrir as carências de professores e funcionários da educação, melhoria na infraestrutura das escolas, transporte escolar, contratação de auxiliares de sala para alunos/as PCD’s e redução de carga horária para quem estiver cursando mestrado e/ou doutorado.
A última greve da rede estadual de educação de Alagoas, realizada em agosto de 2023, foi finalizada com grandes conquistas, como a implantação do vale-alimentação da categoria; a atualização do valor do difícil-acesso (que estava em R$ 100 há mais de 20 anos) e uma atualização histórica no Plano de Cargos e Carreiras, corrigindo algumas distorções. No entanto, segundo o Sinteal, o governo esqueceu os aposentados, que hoje estão recebendo valores abaixo do que profissionais com o mesmo tempo de carreira recebem.
Outro problema apontado pelo sindicato é que o governo não continuou atualizando os valores anualmente, como acordado. Além da grave crise gerada entre profissionais com mestrado e doutorado, que tiveram sua progressão implantada e, meses depois, retirada sob exigência de uma formação inferior à que eles já estavam recebendo.
“Acreditamos que ainda há tempo do governo refletir e sentar conosco, negociar o cumprimento da pauta que é um direito legítimo dos profissionais da educação. Se ele tanto reafirma que a educação é prioridade, e reconhece o papel dos profissionais nos resultados positivos que têm apresentado, é preciso respeitar e valorizar”, finalizou Izael Ribeiro.
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