Hospital do Coração Alagoano realiza primeiro implante de válvula mitral por cateter pelo SUS em Alagoas
Aposentada de 83 anos foi a primeira paciente beneficiada pelo procedimento de alta complexidade na rede pública

Um avanço histórico para a saúde pública de Alagoas foi registrado nesta semana: o primeiro implante de válvula mitral por cateter (TMVI) realizado pelo SUS no estado. O procedimento pioneiro foi conduzido com sucesso no **Hospital do Coração Alagoano**, em Maceió, unidade referência vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
A paciente, a aposentada Reinildes Bezerra Vilar, de 83 anos, recupera-se bem após a intervenção. Com histórico de problemas cardíacos há mais de 13 anos – incluindo uma cirurgia de ponte de safena –, ela voltou a apresentar sintomas graves nos últimos três anos, como fadiga extrema e dificuldade para atividades cotidianas, necessitando de repetidas internações.
Quando soubemos que o Hospital do Coração oferecia esse tratamento pelo SUS, foi um alívio. O medo de perder minha mãe era enorme", emocionou-se Aldo Miguel Vilar, filho de dona Reinildes.
Recuperação e gratidão
Apesar de ainda estar em observação, a idosa já interage com a equipe médica. "O impossível virou realidade. Minha mãe está viva, bem e cuidada por profissionais que dedicam não só técnica, mas humanidade à saúde pública", destacou Aldo.
O secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reforçou que a conquista integra as metas da gestão para expandir serviços de alta complexidade no SUS. "Seguindo as diretrizes do governador Paulo Dantas, estamos rompendo barreiras para levar inovações antes indisponíveis à população alagoana", afirmou.
ecnologia que salva vidas
O Transcatheter Mitral Valve Implantation(TMVI () é uma técnica minimamente invasiva indicada para pacientes de alto risco cirúrgico – como idosos ou portadores de comorbidades. No setor privado, o custo ultrapassa R$ 400 mil, mas sua incorporação pelo SUS no Hospital do Coração Alagoano democratiza o acesso.
"A paciente tinha condições clínicas delicadas. A TMVI permitiu reparar a válvula sem abrir o tórax, o que seria inviável em sua idade", explicou o cirurgião cardíaco Kleberth Tenório, responsável pelo caso. O procedimento é feito via punção na perna, com auxílio de cateteres, e coloca Alagoas entre os poucos estados brasileiros a oferecê-lo pelo SUS.
Trabalho em equipe
O sucesso da intervenção resultou da colaboração entre cardiologistas, cirurgiões, hemodinamicistas, anestesistas e equipe multidisciplinar. "Essa integração é crucial para decisões precisas em casos complexos", complementou Tenório.
Para Otoni Veríssimo, diretor do hospital, o marco reflete a evolução da cardiologia no estado: "Trazer para a rede pública um procedimento antes restrito à medicina privada consolida nosso compromisso com excelência e equidade".
Últimas notícias

Suspeito de participar de homicídio com 14 disparos na cabeça é preso no Jacintinho

Família colombiana é vítima de afogamento na Barra de São Miguel

Jovens que haviam desaparecidos em Jacarecica são localizados no Ceará

Polícia investiga desaparecimento de dois jovens em Jacarecica

Ecoboats retiram 260 toneladas de resíduos do mar no 1º semestre de 2025

Ninguém acerta os seis números; prêmio vai a R$ 51 milhões
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
