Justiça

Justiça nega liberdade a Kel Ferreti em condenação de 10 anos de prisão por estupro

Decisão considera a extrema violência empregada contra a vítima

Por 7Segundos 30/05/2025 06h06 - Atualizado em 30/05/2025 06h06
Justiça nega liberdade a Kel Ferreti em condenação de 10 anos de prisão por estupro
Kel Ferreti - Foto: Reprodução/Instagram

Kleverton Pinheiro de Oliveira, ex- influenciador conhecido como Kel Ferreti, teve o pedido de liminar de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) nesta quinta-feira (29). A decisão é no âmbito do processo em que foi condenado a dez anos de prisão por estuprar uma mulher dentro de um quarto de hotel.

No pedido, a defesa de Kell Ferreti diz que a prisão é ilegal e infundada. No entanto, o desembargador João Luiz Azevedo Lessa colheu elementos da sentença do Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, decisão em primeira instância que considerou a extrema violência empregada contra a vítima.

Além disso, o desembargador relator destacou ainda que a concessão de liberdade em caráter de urgência é medida excepcional. Alegou também que as condições subjetivas favoráveis do réu, por si só, não são suficientes para revogar a prisão cautelar.

O caso


O crime ocorreu em 16 de junho de 2024, em uma pousada no bairro Cruz das Almas. Segundo a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL), a vítima - que é enfermeira - conheceu Ferreti por meio de um grupo de apostas online (jogo do tigrinho), onde ele se apresentava como gestor. De acordo com os autos, o influenciador mantinha contato direto com a vítima por mensagens, realizava transferências via Pix e, tempos depois, propôs um encontro presencial.

Segundo os autos do processo, durante o encontro, ocorrido no quarto da pousada, o réu abusou sexualmente da vítima com uso de extrema violência. Relatos da vítima indicam que houve socos, tapas, mordidas e tentativa de estrangulamento, mesmo diante de sinais evidentes de dor e choro. Em resposta, o influenciador afirmou que a vítima deveria colocar gelo no local.

A vítima, então, fez uma compressa com uma toalha, colocando gelo, e a colocou no rosto numa tentativa de diminuir a dor que sentia. Neste momento, Kel afirmou que "tinha durado pouco" e que "se tivesse bebido e usado 'loló', ele teria 'durado' umas três horas", tendo a vítima entendido que, se assim fosse, o influenciador teria batido nela nas condições descritas por estas mesmas três horas.

Dias depois, o réu teria chacoteado da situação, alegando que “com uns tapinhas desse você está fazendo drama. Você é louca”. Não fosse o bastante, Kel teria exposto que sabia medir sua força em razão de já ter “batido muito em bandido na rua”, visto sua anterior ocupação do cargo de Policial Militar.