Parque Nacional na Indonésia já soma 8 mortes em 5 anos; brasileira é a vítima mais recente
Os dados revelam um crescimento constante no número de ocorrências, em paralelo ao aumento da visitação após o período crítico da pandemia

O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, alcançou a marca de oito mortes registradas em cinco anos, após a confirmação da morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, nesta terça-feira (24). A jovem caiu de um penhasco durante uma trilha rumo ao cume do vulcão no último sábado (21) e teve o corpo localizado após três dias de buscas.
Juliana estava acompanhada de um grupo, mas acabou se distanciando e desapareceu em uma das áreas mais perigosas da trilha. Segundo a família, ela teria escorregado e caído por uma encosta com cerca de 650 metros de profundidade. A informação sobre sua morte foi divulgada por um perfil mantido por familiares para acompanhar as buscas.
A tragédia alerta sobre os riscos enfrentados por turistas na região do Monte Rinjani, um dos destinos mais procurados da Indonésia. De acordo com dados oficiais do governo indonésio, divulgados em março deste ano, 180 pessoas ficaram feridas e oito morreram em acidentes no parque entre 2020 e 2024.
Crescimento de acidentes e falta de segurança
Os dados revelam um crescimento constante no número de ocorrências, em paralelo ao aumento da visitação após o período crítico da pandemia:
Mortes por ano no parque:
2020: 2
2021: 1
2022: 1
2023: 3
2024: 1 (Juliana Marins)
Acidentes
2020: 21 casos
2021: 33 casos
2022: 31 casos
2023: 35 casos
2024: 60 casos
Do total de 180 acidentes, 44 envolveram turistas estrangeiros e 136 visitantes locais. A maioria dos incidentes está relacionada a quedas, torções, falta de preparo físico, uso inadequado de equipamentos e desrespeito às rotas demarcadas.
Em razão do aumento expressivo de acidentes, o governo indonésio emitiu um alerta em março recomendando a criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate e evacuação no parque. O objetivo é reduzir os riscos para turistas e garantir melhor resposta das equipes de emergência.
Outras vítimas internacionais
Juliana Marins é a terceira estrangeira a morrer na região desde 2022. Os outros casos foram:
Boaz Bar Anam, de nacionalidade portuguesa, caiu de uma altura de 150 metros ao tentar tirar uma selfie na borda do cume, em 2022.
Melanie Bohner, turista suíça, morreu em junho de 2024 após cair em uma trilha não oficial na região de Sembalun.
Um turista malaio de 57 anos caiu em uma ravina de 80 metros em meio à neblina, após soltar a corda de segurança.
Desafio no turismo de aventura
Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia. A trilha até o cume pode levar de dois a quatro dias e apresenta altos riscos, especialmente durante períodos de neblina e instabilidade climática.
Mesmo com a instalação de placas de alerta e ações educativas, o descumprimento das normas de segurança ainda é frequente, segundo as autoridades locais. O governo reforça a necessidade de seguir rotas oficiais, utilizar equipamentos adequados e contratar guias locais.
*Estagiário sob supervisão
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