Ônibus que caiu na Serra da Barriga não sofreu falhas mecânicas; perícia diz que falha humana é hipótese mais provável
Segundo a perícia, o motorista do veículo, Luciano de Queiroz Araújo, de 47 anos, que também morreu no acidente, teria causado a tragédia

O Instituto de Criminalística de Maceió descartou falhas mecânicas no acidente em que um ônibus de turismo despencou da Serra da Barriga, deixando 20 pessoas mortas e dezenas de feridos. O acidente ocorreu em novembro do ano passado, mas o resultado da perícia só foi apresentado nesta sexta-feira (18). O veículo ficou seis meses no local íngreme onde ocorreu o acidente, até ser guinchado e, enfim, submetido à análise técnica.
O Instituto de Criminalística avaliou os sistemas de freio, sistema de ar e todas as peças mecânicas relevantes do ônibus. A análise concluiu que os seis pneus estavam novos e nenhum defeito mecânico foi identificado. Durante coletiva de imprensa hoje, peritos e integrantes da Polícia Civil apontam falha humana como possível causa do acidente.
Com a hipótese de falha mecânica descartada, assim como questões relacionadas à morfologia da pista ou fatores ambientais, os peritos indicaram que o fator humano é a única causa restante para explicar o acidente.
De acordo com o laudo, o freio de estacionamento do ônibus foi acionado após o início do movimento de descida. Isso significa que as rodas travaram, mas continuaram deslizando. Os investigadores não encontraram o motor de partida no local do acidente, mas a ausência da peça não foi apontada como determinante.
Agora, restam duas possibilidades sob análise: uma falha humana não intencional — como imperícia — ou uma ação deliberada do condutor, hipótese que ainda está sendo investigada pela Polícia Civil.
Segundo os peritos, o veículo estava há mais de 150 metros abaixo do ponto de queda e foi necessário um processo de içamento extremamente complexo para que ele fosse removido em segurança. A equipe explicou que o local era de difícil acesso, com risco elevado para os profissionais, o que inviabilizou a realização da perícia no local do acidente.
“Foi preciso seccionar o ônibus em duas partes para facilitar o transporte e a análise das peças, o que, na verdade, até favoreceu a inspeção de alguns componentes”, relataram os peritos criminais.
O caso segue em andamento para conclusão das investigações.
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