Pioneiro, Governo de Alagoas lança bolsas de mestrado em Integridade da Informação
Serão ofertadas 15 bolsas para programas de pós-graduação que trabalhem a temática da desinformação

O governador Paulo Dantas e o secretário de Comunicação, Wendel Palhares, lançaram, nesta quarta-feira (8), o programa com 15 bolsas de mestrado para o combate à desinformação.
"Esse é o maior investimento feito na área de comunicação da história. Teremos vários profissionais pesquisadores que, com esse estímulo do Governo do Estado, vão colaborar com o estudo da informação verídica, séria e correta, além de combater aqueles que tentam se estabelecer com mentiras. A ideia é que, por meio da ciência, seja possível encontrar mecanismos para levar ao cidadão alagoano, e também do Brasil, informações corretas e de altíssima segurança", pontuou Paulo Dantas
O anúncio foi feito durante a entrega do Prêmio de Excelência Acadêmica, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal). A ideia, pioneira no mundo, foi destacada pelo secretário Wendel Palhares.
"O governador Paulo Dantas tem se mostrado uma referência no campo democrático e alguém que valoriza muito uma comunicação que presta serviços de qualidade à população. A desinformação é uma das maiores mazelas da atualidade, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). E essa pandemia é combatida pelo governador Paulo Dantas como em nenhum outro estado", relembra Wendel. "Quando você desinforma a sociedade, tem gente que ganha politicamente e economicamente. Encarece a política pública, prejudica a sociedade e pode, inclusive, matar um cidadão", completou o secretário.
A bolsa é fruto de uma parceria entre a Fapeal e a Secom e vai contemplar alunos que participam de programas de mestrado e doutorado das universidades Federal de Alagoas (Ufal), de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e Estadual de Alagoas (Uneal), em diversas áreas do conhecimento, desde que pesquisem sobre a integridade da informação. Serão 15 bolsas, no valor de R$ 2.100 mensais, com duração de 24 meses, no caso de mestrado, e de 48 meses em caso de doutorado. A parceria tem previsão de renovação automática, tendo prazo máximo de 8 anos.
O presidente da Fapeal, Fábio Guedes, garantiu os investimentos e explicou mais sobre as bolsas. "Serão quatro ciclos ao todo, e este é o primeiro. A tendência é chegarmos a, aproximadamente, R$ 1,2 milhão de investimento ao longo dos quatro ciclos. É uma iniciativa pioneira, trabalhando com tecnologia", explica.
O secretário Wendel reforça que as bolsas não são exclusivas para a comunicação, mas para qualquer área que atue com informação. "A desinformação afeta várias áreas do conhecimento. O projeto de concessão de bolsas em Integridade da Informação convida estudantes de Direito, Comunicação, Antropologia, Ciências Sociais, Ciência Política, Saúde e Tecnologia a responder à pergunta: Que políticas vocês gostariam de apresentar ao Governo do Estado para que não se desinforme a população?", destaca Wendel.
Incentivo
Quando há condições para um pesquisador, isso permite que ele permaneça na pesquisa. José Jance, pesquisador e coordenador do Núcleo de Integridade da Informação, explicou o impacto da iniciativa. “Pesquisar no Brasil é algo muito caro, complicado e desafiador. A bolsa ajuda a manter despesas básicas, como a compra de um livro, um congresso ou uma viagem. Todo esse processo de produção tem custos. E, por mais que uma universidade seja pública, o desenvolvimento da pesquisa não é necessariamente custeado. Então, uma bolsa é extremamente importante para manter o interesse, estimular e também manter ativa a pesquisa”, aponta Jance.
Quem ganha é a população
Uma das pesquisas contempladas é de Lara Tapety, que será orientada pela professora de Relações Públicas de pós-graduação, Laura Pimenta, e vai tratar a desinformação sobre a agricultura familiar.
“O projeto trata da integridade da informação diante da desinformação no campo em Alagoas. A proposta é discutir os desafios enfrentados pelas organizações do campo frente à onda de desinformação e formular estratégias de enfrentamento. A universidade, ao produzir conhecimento e aprofundar o debate, contribui para transformar essa realidade, promovendo a integridade da informação nas mídias digitais e, de modo especial, no espaço político”, explica Lara.
A professora Priscila Muniz, também da pós-graduação da Ufal, destacou que a iniciativa é muito válida e com grande potencial para gerar excelentes frutos, tanto para o estado quanto para a academia.
"Quando os alunos sabem que há bolsas destinadas a esse tema, isso estimula o interesse em integrar o Núcleo e participar do esforço coletivo para encontrar caminhos de enfrentamento a um problema tão complexo. Para as ciências sociais, é muito positivo perceber que o programa contempla diversas áreas do conhecimento. Diante de uma manifestação como a desinformação, as humanidades tem grande capacidade de responder de modo adequado à complexidade do problema", finaliza Priscila.
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