Polícia

Polícia Civil investiga casos de corpos identificados e não retirado no IML de Alagoas

Trabalho conjunto usca localizar familiares e reduzir subnotificação de desaparecimentos

Por 7Segundos, com Assessoria 13/11/2025 16h04
Polícia Civil investiga casos de corpos identificados e não retirado no IML de Alagoas
Casos envolvem cadáveres que, mesmo identificados, não foram retirados por familiares dentro do prazo estabelecido - Foto: Assessoria

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL), por meio da Coordenação de Desaparecimento de Pessoas, iniciou um trabalho de identificação e localização de familiares de corpos que se encontram identificados, porém, não reclamados, no Instituto Médico Legal (IML) do estado. Esses casos envolvem cadáveres que, mesmo identificados, não foram retirados por familiares dentro do prazo estabelecido.

O delegado Ronilson Medeiros, coordenador do setor, explicou que a iniciativa ganhou força após um caso recente em que um homem desaparecido em Alagoas foi localizado no Instituto Médico Legal de Pernambuco, onde estava registrado como indigente. A Coordenação de Desaparecimento de Pessoas constatou a identificação, localizou os familiares no estado e comunicou oficialmente a descoberta, possibilitando que a família realizasse a retirada do corpo.

A partir desse caso, foi confirmado que a mesma situação ocorre no IML de Alagoas. Por isso, a Polícia Civil e o IML iniciaram ações conjuntas para identificar familiares de corpos já identificados, mas ainda não reclamados, realizando as comunicações necessárias e orientando sobre os procedimentos para resgate ou confirmação de sepultamentos.

O delegado também ressaltou a existência de um elevado número de subnotificações relacionadas a desaparecimento de pessoas. Segundo ele, muitos corpos que chegam ao IML não possuem sequer um Boletim de Ocorrência de desaparecimento correspondente, o que dificulta a identificação e o contato com familiares.

Ronilson Medeiros que quem tiver uma pessoa desaparecida na família deve procurar a Polícia Civil. “É fundamental que as famílias que tenham um ente desaparecido procurem uma delegacia para registrar o desaparecimento e também realizem a coleta de DNA. Isso torna muito mais rápido o processo de identificação e devolução do corpo à família”, destacou o delegado.