Acusado de matar amiga da ex-mulher é condenado a mais de 19 anos de reclusão
Motivação do crime seria uma conversa, em uma rede social, em que a vítima aconselhava a companheira do réu a pedir a separação
O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de Maceió condenou a 19 anos, sete meses e cinco dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, Bruno Laurindo do Nascimento, acusado de assassinar Daniella dos Santos, em 2016. O julgamento, nessa quarta-feira (6), ocorreu no Fórum do Barro Duro e foi conduzido pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade.
O caso ocorreu no dia 11 de novembro, na rua Boa Vista, no bairro Ouro Preto. De acordo com a denúncia, o crime foi consumado após a vítima aconselhar a companheira do réu a pedir a separação. O diálogo, acompanhado de um convite para uma festa, teria acontecido por meio de uma rede social.
Insatisfeito após ter acesso ao bate-papo, o réu se dirigiu à casa de Daniella e começou a lhe questionar sobre o assunto. Minutos depois, Bruno efetuou disparos contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos.
O promotor de Justiça Humberto Pimentel contou que a discussão entre vítima e réu apareceu durante a investigação. “As testemunhas viram quem atirou, mas não sabiam dizer quem era, não o conheciam. Então, através do celular da vítima, a polícia periciou esse aparelho e viu que ela tinha tido problemas relacionados a ciúmes do acusado em relação à esposa. A partir daí houve o reconhecimento das pessoas que viram o assassino e afirmaram que realmente foi ele”.
O réu foi defendido pelo defensor público Marcelo Barbosa Arantes, que sustentou a tese de negativa de autoria.
Depoimento das testemunhas
A primeira testemunha a ser ouvida foi Juliana Patrícia Tenório, que estava bebendo com Daniella próximo à casa da vítima. De acordo com a testemunha, ela viu quando um homem chegou de bicicleta e a vítima foi falar com ele, em um local mais reservado, mas não conseguiu ver quem era a pessoa, apenas identificou sua cor de pele, estatura e tipo físico. Após um tempo, a testemunha teria escutado os disparos.
A mãe, Ana Lúcia dos Santos, e o tio da vítima, Carlos Antônio dos Santos, reconheceram Bruno como sendo o autor dos disparos. A mãe de Daniella disse que o acusado teria chamado a vítima e dito “Você recebeu muito bem para dizer isso”. Em seguida, pediu um copo com água e tomou um comprimido. Nesse momento, Daniella teria pedido para conversar em outro lugar, porque os pais tinham problemas do coração.
Após isso, a mãe ouviu um tiro e viu quando Bruno teria passado com a arma na mão e mandado ela entrar, se não atirava. Ela disse ainda que ficou com depressão e tem medo de sair de casa. “Eu só vivo dopada de remédio. Minha vida acabou, tirou a minha filha que era tudo que eu tinha”, disse.
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