Cursos de mestre de obras e agricultura ajudam Cunha a reduzir 8 meses da pena
Aulas de língua, resenhas de livros e trabalho na cadeia levaram defesa a pedir semiaberto

O ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) conseguiu reduzir em oito meses sua pena com cursos à distância, trabalho dentro da penitenciária e resenhas de livros. Somando a remissão da pena aos quase dois anos que Cunha já passou na cadeia, a defesa entende que o ex-deputado já cumpriu um sexto dos 14 anos e seis meses de prisão estabelecidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância da Lava-Jato e, por isso, e pediu a progressão para o regime semiaberto.
Para conseguir o abatimento da pena, o ex-presidente da Câmara fez cursos de espanhol, de mestre de obras e de agricultura. Para comprovar o feito, os advogados apresentaram diplomas do Instituto Universal Brasileiro, especializado em ensino profissionalizante à distância. Em seu site na internet, a entidade oferece um curso de 400 horas de "Mestre de Obras e Edificações" por R$ 246, que podem ser parcelados e cobrem o custo de apostilas e aulas online — cada 12h de curso conta um dia a menos na pena.
O ex-deputado também trabalhou na penitenciária na área de serviços de manutenção e na entrega de quentinhas aos presos da ala onde ficam os réus da Lava-Jato. Entre os companheiros da carceragem estão Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; e o ex-deputado federal André Vargas.
Cunha também se dedicou à leitura de livros da biblioteca do presídio, na maioria clássicos da literatura. Desta lista, o ex-deputado escolheu, por exemplo, romances como "O estrangeiro", de Albert Camus; O Quarto Dourado, de Rebeca Kohn; além de obras de Moacyr Scliar, como "O exército de um homem só", "A festa no Castelo" e "Mês de Cães Danados". Após a leitura, o preso é obrigado a fazer uma resenha. Cada livro lido desconta dois dias na pena do sentenciado.
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