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MP denuncia João de Deus pela 3ª vez por crimes sexuais

Mulher e filho do médium também poderão responder a processos: ele por coação de testemunha e ela por posse ilegal de arma de fogo

Por R7 24/01/2019 16h04
MP denuncia João de Deus pela 3ª vez por crimes sexuais
Justiça ordena bloqueio de R$ 50 milhões das contas de João de Deus - Foto: Reuters

O Ministério Público de Goiás ofereceu à Justiça, nesta quinta-feira (24), novas denúncias contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, pelo crime de estupro de vulnerável contra mulheres que atendia na casa Dom Inácio de Loyola.

Cabe agora à Justiça decidir se ele responderá aos processos. 

Trata-se da terceira denúncia por crimes sexuais contra o religioso, que está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia (GO) desde dezembro.

O médium já é réu em outras duas ações penais por violação sexual e estupro de vulnerável.

A nova denúncia envolve cinco casos, sendo quatro de São Paulo e um do Distrito Federal. As vítimas têm hoje entre 23 e 38 anos e os abusos teriam acontecido entre 2010 e 2016.

Os promotores também incluíram como testemunhas mulheres que alegam ter sido abusadas pelo médium anteriormente, mas cujos prazos para oferecer denúncia já prescreveram. Ao todo, são outros seis relatos. 

Mulher e filho

Além dos crimes sexuais, João de Deus e a mulher, Ana Keyla Teixeira, foram denunciados hoje por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e de uso permitido. Ao todo, cinco armas foram apreendidas no quarto do casaldurante operação da Polícia Civil no fim do ano. 

O filho dele, Sandro Teixeira de Oliveira, foi denunciado pelo crime de coação de testemunha. Segundo o Ministério Público, ele teria atuado para abafar uma denúncia de abuso sexual feita contra o médium no passado.

O relato é de que, armado, Sandro procurou a testemunha que havia denunciado o pai e ofereceu pedras preciosas para que não desse prosseguimento ao caso. A pessoa disse aos promotores que não aceitou a proposta, mas também não voltou a procurar a polícia.