Defensoria aciona justiça para garantir adicional a agentes de saúde de Jacuípe
Ação civil pública contra o município foi ingressada na quinta-feira
Atualizado às 15h35
O defensor público Manoel Correia de Oliveira Andrade Neto ingressou, nesta quinta-feira (28) com ação civil pública contra o município de Jacuípe, a fim de garantir o direito ao adicional de insalubridade aos servidores estatutários, que exercem o cargo de agentes comunitários de saúde na cidade da região Norte de Alagoas.
De acordo com o defensor, a medida foi tomada após um número expressivo de agentes comunitários de saúde procurar a Defensoria Pública do Estado denunciando que tiveram o direito ao adicional negado pela administração municipal.
Para o defensor, a negativa é injustificada e desrespeita o disposto no rol dos direitos sociais da Carta Constitucional de 1988, que estabelece o direito aos trabalhadores urbanos e rurais, um adicional de remuneração para as atividades consideradas insalubres, além daquelas consideradas penosas e perigosas, nos termos da lei.
“Durante o exercício de suas funções, os agentes comunitários de saúde são expostos a materiais nocivos à saúde, mas não estão recebendo a contraprestação a que fazem jus, em clara violação a um direito social fundamental”, explica.
Na ação, Andrade Neto esclarece que o adicional de insalubridade está previsto no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Jacuípe e que a atividade de agente comunitário de saúde é reconhecida como insalubre pela lei federal nº 11.350/2006, com redação dada pela lei federal nº 13.342/2016.
Ainda segundo o defensor, o único impasse seria o estabelecimento da classificação do nível de insalubridade ao qual eles estão expostos, já que o estatuto dos servidores municipais é omisso quanto a isso. De acordo com o defensor, tal classificação pode ser definida por laudo de um médico especializado em medicina do trabalho, no entanto, o Município não dispõe de tal profissional no seu quadro de servidores e recusa-se a contratar um.
A fim de solucionar o problema, na petição, o defensor pede que o judiciário determine que o Município de Jacuípe pague o adicional de insalubridade aos servidores estatutários, que exercem o cargo de agentes comunitários de saúde no percentual a ser definido após realização de perícia que classifique o nível da insalubridade, sobre sua remuneração básica, retroativos aos últimos 05 anos, com os acréscimos legais, juros de mora e correção monetária, tudo a ser apurado em liquidação de sentença.
O prefeito de Jacuípe, Amaro Ferrreira Júnior, o "Júnior Carro Véio", se posionou sobre a questão. "A gente não recebeu nenhuma notificação e vem cumprindo com todas obrigações e inclusive demos o reajuste dos agentes comunitários. Vamos entrar em contato com a Defensoria Pública e ver realmente o que está acontecendo", disse o gestor.
Veja também
Últimas notícias
Seis candidatos disputam vaga na lista tríplice para procurador-geral do MPAL
EUA retiram sanções a Moraes e dizem que medidas eram “inconsistentes”
Ufal abre chamada pública para ocupação de quiosques e espaços
Vestibulares do Ifal têm inscrições abertas em seis campi
Crianças ficam feridas após caírem da sacada de casarão abandonado no Jaraguá
Justiça decreta prisão temporária de suspeito de matar ex-companheira em Pindorama
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
