Duas pessoas morrem em desabamento de prédios no Rio de Janeiro
Seis pessoas ficaram feridas e bombeiros vasculham local para tentar localizar outras
Dois prédios desabaram na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (12). De acordo com os bombeiros, ao menos duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas. Bombeiros vasculham os escombros para tentar localizar outras vítimas. Ao menos 17 desaparecidos foram listados por parentes e moradores.
Os imóveis teriam entre quatro e seis andares, segundo as primeiras informações. Segundo a prefeitura, são construções irregulares e já haviam sido interditadas e uma liminar impediu que fossem demolidas.
Resumo:
- Dois prédios desabaram em área perto de mata
- 2 mortos: um homem e uma criança
- 6 pessoas feridas
- Ao menos 17 possíveis vítimas sendo procuradas
- Prefeitura informou que construções são irregulares e foram interditadas
- A comunidade da Muzema é controlada por milicianos
- Região foi muito afetada pelo temporal do início da semana
"Essas edificações estavam em loteamento irregular. A Prefeitura do Rio já havia comunicado ao Ministério público e tentado interditar, mas infelizmente, uma liminar judicial impediu a demolição desses prédios e as obras continuaram. Estamos aqui com a nossa equipe trabalhando para tentar resgatar as pessoas dos escombros. Fica para todos nós uma lição: Quando a Prefeitura alertar sobre esses riscos, vamos dar ouvidos para que isso não aconteça nunca mais", disse o prefeito Marcelo Crivella, que foi para o local do acidente.
O desabamento aconteceu por volta das 7h desta sexta-feira (12). Não chovia no momento. Uma das construções teria quatro andares e outra, seis. A área de isolamento foi ampliada pelos bombeiros, que consideram que outros prédios da região podem ir abaixo. Há um forte cheiro de gás.
Segundo o repórter Genilson Araújo, há cerca de 60 prédios em construção na região, que é dominada por milícias. Reportagem do RJ2 mostrou que os criminosos atuam na construção e venda de imóveis irregulares.
Os moradores dos prédios que desabaram disseram que eles foram inaugurados há seis meses.