Governador da Bahia diz que PT deveria ter apoiado Ciro em 2018; partido rebate
Em entrevista concedida à revista Veja, Rui Costa afirmou que PT deveria ter apoiado Ciro Gomes (PDT) na eleição presidencial do ano passado

Em entrevista concedida à revista Veja e publicada nesta sexta (13), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que, com o impedimento da candidatura de Lula, o partido deveria ter apoiado Ciro Gomes (PDT) na eleição presidencial do ano passado.
Para o petista, Ciro seria a única liderança capaz de vencer o "antipetismo" representado pelo então candidato Jair Bolsonaro (PSL), que venceu Fernando Haddad (PT) no segundo turno da disputa.
Nesse sábado (14), a Executiva Nacional do PT rebateu as declarações do governador baiano em uma nota com seis tópicos. O partido afirma ter tomado uma decisão "absolutamente correta" ao lançar a candidatura de Haddad, em vez de apoiar o pedetista.
Para o PT, Haddad só perdeu a eleição em função de notícias falsas divulgadas pela campanha de Bolsonaro com financiamento ilegal de fontes estrangeiras.
Ciro tem “opiniões grosseiras e desrespeitosas”, diz PT
Na nota, o PT ainda afirma que uma aliança com Ciro foi descartada porque nunca foi intenção dele constituir uma alternativa no campo da centro-esquerda. Essa aproximação está ainda mais distante hoje, prossegue a nota, "dado que ele [Ciro] escancara opiniões grosseiras e desrespeitosas sobre Lula, o PT e nossas lideranças".
Ao discutir com militantes petistas ano passado, já na reta final do segundo turno das eleições presidenciais, o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro, gritou uma frase que virou piada entre eleitores de Bolsonaro: "O Lula tá preso, babaca". Ciro repetiu a frase em fevereiro, em bate-boca com membros da UNE (União Nacional dos Estudantes).
Na entrevista à Veja, Rui Costa criticou o que chamou de falta de propostas do PT e a atribuiu como um dos fatores que levaram à derrota da esquerda nas últimas eleições. Na opinião do governador baiano, o PT precisa abordar melhor questões de segurança pública para ser considerado uma alternativa viável nas próximas eleições.
Pauta “Lula Livre
Costa ainda defendeu que o partido não pode escolher dialogar apenas com partidos que se comprometam a levantar a bandeira "Lula livre". Em resposta, o PT declarou que a luta pela libertação do ex-presidente é "é central na defesa da democracia, da soberania e dos direitos no Brasil", e que tem trabalhado pela reconstrução da frente de esquerda.
Costa também divergiu do próprio partido a respeito da crise política na Venezuela. Para ele, é um exagero chamar de ditadura o regime de Nicolás Maduro, ainda que, ressalvou, haja "sinais claros de que a democracia está sendo desrespeitada" pelo governo venezuelano.
Indagado sobre a possibilidade de ser o candidato à Presidência em 2022, Costa foi evasivo, embora tenha se definido aberto para assumir qualquer função. O PT classificou como "extemporânea" a declaração e resumiu que saberá discutir o assunto no momento adequado.
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