Entenda as causas da pré-eclâmpsia, que matou grávida na beira do altar
Jéssica Guedes, 30, que estava grávida de 7 meses, teve um AVC hemorrágico e não resistiu

A pré-eclâmpsia, que levou Jéssica Guedes, 30, que estava grávida de 7 meses, à morte no último sábado (14), minutos antes de subir ao altar, é a principal causa de morte materna no país. Ela teve um AVC hemorrágico em decorrência do problema. O bebê sobreviveu e passa bem.
O ginecologista e obstetra Mario Macoto Kondo, coordenador da Obstetrícia da Maternidade Pro Matre Paulista, explica que a pré-eclâmpsia é uma doença específica da gravidez, que pode evoluir para eclâmpsia e causar a morte. O risco de pré-eclâmpsia começa a partir da 20ª semana, o quarto mês de gestação. "Com o nascimento do bebê e a retirada da placenta, a paciente costuma melhorar, por isso, muitas vezes, é preciso antecipar o parto", afirma.
As causas da pré-eclâmpsia ainda são desconhecidas, de acordo com o médico. Uma das hipóteses é que a de que o organismo da mãe passe a liberar uma proteína que provoca uma reação imunológica, que causa constrição dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial.
"O que se sabe é que trata-se de um problema multifatorial, que envolve fatores genéticos e questões imunológicas que levam à vasoconstrição", aponta.
Segundo ele, a doença pode se manifestar por meio de diversos sintomas, por essa razão, ter um aparelho de medir pressão em casa não é o suficiente para prevenir o problema, além e correr o risco de manuseá-lo de forma incorreta, sem a orientação de um médico.
"A melhor forma de prevenção é o acompanhamento pré-natal com um obstetra. Ele pode fazer a vigilância da condição clínica da mãe e o acompanhamento do feto. Tem que analisar o conjunto sempre", diz.
Entre os sintomas da pré-eclâmpsia estão pressão alta, volume de urina diminuído, mal-estar, dor abdominal na região do fígado (do lado direito, na altura da costela), inchaço nas pernas, ganho rápido e exagerado de peso e perda de proteína na urina, de acordo com Kondo.
É possível ter pré-eclâmpsia e não apresentar pressão alta, como ocorreu com Jéssica, segundo relato de seu marido à imprensa. Considera-se pressão alta o valor em repouso igual ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg).
"O que acontece é que, muitas vezes, uma pressão é aparentemente normal, mas pode ser alta para aquela paciente", explica.
Outro sintoma de pré-eclâmpsia, que inclusive Jéssica teria apresentado, também de acordo com o marido, é deficiência no crescimento do feto. "A pressão arterial descontrolada pode diminuir o fluxo de sangue útero-placentário e ter efeito no ganho de peso e crescimento do bebê. Toda vez que há alteração de crescimento é preciso investigar o que está causando esse alteração", completa.
O médico explica que, quando detectada a pré-eclâmpsia, o tratamento vai desde repouso, controle da alimentação e remédio para controle da pressão até internação. "Muitas mulheres diagnosticadas com pré-eclâmpsia são internadas para que se faça um acompanhanento e controle da pressão, pois a evolução para eclâmpsia pode ser rápida e fulminante", finaliza.
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