Reunião de lançamento do Aliança pelo Brasil acontece nesta quinta
Idealizador do novo partido, o presidente Jair Bolsonaro não descarta a possibilidade de presidir a sigla
Após assinar a desfiliação do PSL e anunciar a criação do Aliança pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro participa nesta quinta-feira (21) da cerimônia de lançamento do partido que pretende criar. Ele não descarta presidir a sigla, apesar de reconhecer que seria "conflituoso" acumular o comando do país e do partido.
“Ele destacou que, embora colocando-se à disposição, vê algumas dificuldades em sendo presidente também levar adiante a direção dessa nova legenda. Mas não descartou essa nova possibilidade”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros na terça-feira.
A criação do Aliança pelo Brasil teve início em uma disputa interna no PSL. Em outubro, Bolsonaro afirmou que o presidente do partido, Luciano Bivar, estava "queimado para caramba".
Aliados do presidente e parlamentares que planejam migram para o Aliança pelo Brasil, também devem participar da convenção desta quinta-feira. Estima-se que 27 dos atuais 53 deputados do PSL acompanhem Bolsonaro na nova legenda. Alguns parlamentares, como a deputada Bia Kicis (PSL-DF), já promovem o novo partido.
A migração, no entanto, não pode ocorrer instantaneamente, já que o novo partido ainda precisa aprovado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para isso, será necessário coletar 492 mil assinaturas de eleitores.
Na esperança de coletar as assinaturas em tempo para lançar candidatos a prefeito e vereador já em 2020, a sigla aposta no uso da chamada "assinatura digital" com o auxílio dos leitores de impressões digitais dos celulares.