Justiça

Flordelis: 'Não mandei matar meu marido, não tenho o que esconder'

Mesa da Câmara encaminhou à Corregedoria o caso da deputada, denunciada pelo Ministério Público como mandante da morte de Anderson do Carmo

Por R7 02/09/2020 15h03
Flordelis: 'Não mandei matar meu marido, não tenho o que esconder'
Flordelis: 'Não mandei matar meu marido, não tenho o que esconder' - Foto: Agência Brasil

A deputada federal Flordelis, denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como a mandante do assassinato de seu ex-marido, negou nesta terça-feira (1) as acusações da Promotoria e afirmou estar sendo condenada “sem nem ter direito a julgamento”.

“Muito tem sido dito na mídia, das formas mais cruéis, sem que eu tenha qualquer chance de defesa. Estou sendo condenada, sem nem ter direito a julgamento”, escreveu Flordelis nas redes sociais.

“Eu não tenho o que esconder, eu não mandei matar o meu marido. Se alguém perdeu com a morte dele, fui eu, ele era tudo pra mim, meu companheiro que me ajudava e me guiava, inclusiva em todos os aspectos práticos da vida”, acrescentou.

A parlamentar pediu para que olhem para a sua trajetória. “Não há nada do que possam me acusar, sempre fui uma serva de Deus, vivendo o caminho que Ele traçou para mim. Antes de me sentenciarem, me deem o direito de defesa.”

Câmara dos DeputadosAinda nesta terça, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deliberou enviar à Corregedoria o processo de cassação do mandato de Flordelis. Os documentos serão analisados pelo corregedor, deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA), que deve enviar o relatório na próxima semana. Em seguida, remete o parecer à Mesa Diretora que, se julgar procedente, encaminha para análise do Conselho de Ética. Depois, o caso deve ser apreciado por todos os 513 deputados.

O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o direito de defesa de Flordelis será respeitado, "mesmo sendo um caso de fato muito grave e muito constrangedor para todos".

"Nós vamos abrir o prazo, a deputada vai fazer sua defesa. O que nós precisamos é na parte que cabe tanto ao corregedor, como a Mesa e depois ao Conselho de Ética que o prazo utilizado seja o menor possível. Agora, cumprido o prazo dela, o que nós queremos é que, tanto o Corregedor quanto a Mesa e o Conselho de Ética possam avançar, respeitando os prazos regimentais, mas não deixando que esse assunto leve muito tempo para ter uma solução dentro da Câmara dos Deputados", disse Maia.