Doria e Bolsonaro trocam acusações sobre colapso em Manaus
Em entrevista à Band, Bolsonaro chamou Doria de 'moleque'

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trocaram acusações nesta quinta-feira (15) a respeito da crise de saúde pública enfrentada por Manaus por causa da pandemia de Covid-19. A capital do Amazonas entrou em colapso, com hospitais sem oxigênio, doentes levados a outros estados e cemitérios sem vagas.
Doria afirmou que o Congresso Nacional e a sociedade civil devem reagir ao modo como Bolsonaro tem conduzido as ações diante da pandemia. Ao se referir aos mais de 205 mil brasileiros que morreram por causa da doença, o governador paulista falou em "genocídio" por parte do presidente da República.
Bolsonaro reagiu, chamando o adversário político de "moleque" e dizendo que ele e outros governadores "querem quebrar a economia do Brasil para botar na minha conta".
As declarações de Doria foram dadas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na qual ele responsabilizou o presidente pela crise no Amazonas.
"Li uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro dizendo: 'Fiz tudo o que estava ao meu alcance, o problema agora é do estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus'. Inacreditável. Inacreditável. Em outro país, isso talvez fosse classificado como genocídio. É um abandono aos brasileiros", afirmou Doria.
"Está na hora de termos uma reação a isso. Da sociedade civil, dos brasileiros, da população do Brasil, da imprensa, do Congresso Nacional de quem puder ajudar. Ou vamos assistir a isso? Ou vamos assistir a isso por meses e achar que é isso normal, que faz parte e que a ideologia do negacionismo é aceitável?"
Mais tarde, em entrevista à Band, Bolsonaro disse:
"Mas, se o João Doria tivesse o mínimo de vergonha na cara, ele falaria que o Supremo Tribunal Federal me tirou de combate para as ações contra a Covid. Eu agora mereço um processo de impeachment porque estou ajudando o estado do Amazonas e eu estou proibido de agir nas causas voltadas para a Covid pelo Supremo Tribunal Federal. Eu agora estou passível em crime, sim, por estar ajudando o estado do Amazonas".
"Agora, vem esse moleque, governador de São Paulo, me acusar de facínora. Seja homem, cara. É duro mexer com quem tem um comportamento como esse cara. [...] Em São Paulo, [há] um governador medíocre, que não sai na rua. Se sair, vai ser linchado", afirmou Bolsonaro.
Doria acusou 'negacionismo'
Antes da coletiva de Doria nesta sexta, em comentário dirigido a apoiadores na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que o governo federal fez a sua parte para ajudar o Amazonas
Na entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governo de SP ofereceu leitos para a transferência de bebês prematuros que estão sem oxigênio nos hospitais amazonenses. Doria disse ainda que a falta de oxigênio para pacientes internados com Covid-19 em Manaus decorre da "opção pelo negacionismo" e da "política caótica" do governo federal em relação à pandemia.
"O negacionismo [está] dominando o país no governo federal. Um mar de fracasso, colocando como vítimas milhares de brasileiros que perderam a sua vida e outros milhares que podem perder", disse o governador.
Doria também afirmou: "Tenho a sensação de que o governo Bolsonaro gosta do cheiro da morte, e não de celebrar a vida, pois se quisesse celebrar a vida já teria contribuído com o estado do Amazonas para oferecer condições mínimas de atendimento aos brasileiros que lá vivem. Não teríamos assistido às cenas dramáticas que vimos ontem na TV".
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