Guarda municipal denuncia que contraiu Covid por causa de perseguição política na Barra de Santo Antônio
Ismael Tenório afirma que mesmo apresentando atestado de comorbidades, foi transferido do local de trabalho por não ter votado na prefeita Lívia Carla

O guarda municipal Ismael Tenório, da Barra de Santo Antônio, está denunciando atos que considera perseguição política contra ele praticada pela gestão municipal da prefeita Lívia Carla. Em um vídeo, ele diz que é diabético, hipertenso, tem 50 anos, faz parte do grupo de risco da Covid-19 e desde janeiro a atual gestão, apenas porque ele votou na ex-prefeita Emanuella Moura, não fez parte do atual grupo político, e foi transferido da urgência e emergência para trabalhar no PSF, no povoado de Santa Luzia, onde acabou contraindo o vírus.
Ismael conta que procurou a gestão e informou sobre suas comorbidades, dos atestados médicos que possui e que não poderia estar lá por conta do risco de contrair a doença. Mas não adiantou. O servidor público conta que em seguida procurou a secretária de Saúde da cidade. “Ela me atendeu e segundo ela, pediu à prefeita e o comando me tirou da urgência-emergência atendendo um pedido, da prefeita, e me colocaram no PSF”.
Ele diz que o que estava ruim ficou pior. "Pelo menos na urgência eu folgava um dia e lá eu passei a trabalhar de segunda a sexta-feira. Uma recepção apertada, até o momento que eu estive lá trabalhando o ar-condicionado estava quebrado, havia sempre uma certa aglomeração, dois médicos atendendo, enfermeiras, vacinas, um monte de demandas e eu lá no meio. Resultado: contraí o Covid”, relata Ismael, ao mostrar o resultado positivo do exame feito por ele.
Segundo Ismael, a partir daí a situação se complicou. “Até dormir num carro eu dormi pra proteger a minha família, mas oito dias depois a minha esposa também apresentou os sintomas. Fez o teste e também testou positivo para o Covid-19. A minha esposa tem órgão transplantado, tem problema de imunidade. Nada disso foi levado em consideração, tendo em vista que a senhora Lívia Carla Alves tem formação na área da saúde, ela é técnica de enfermagem, segundo informações ela é biomédica também, se formou agora há pouco. Então, isso agrava ainda mais a situação dela de estar fazendo isso comigo, porque ela tem conhecimento do que está fazendo”.
Denúncia na Justiça
Ismael diz ainda ter tido a informação de que o marido da prefeita foi acometido pelo vírus, “no entanto, ele está trabalhando de casa. E por que eu tenho que voltar para o PSF onde eu adoeci?”, ele questiona, ao dizer que procurou o Ministério Público, entrou em contato com a Defensoria Pública, e a defensora expediu um ofício que ele já encaminhou à prefeitura da Barra. Disse ainda que existe uma escala da Guarda que o atual diretor não assina. “Eu não sei por que ele não assina, mas vocês que fazem parte da direção sabem”, afirmou, ao dizer que o pedido da Defensoria não foi atendido pela prefeitura e que ele acionará a Justiça.
“Não fui vacinado e acho que a atual gestão em vez de estar se preocupando tanto assim em me ver em um local de risco, deveria, por exemplo, fazer uma barreira sanitária na entrada da cidade, distribuir máscaras, álcool gel para tentar barrar o fluxo dessa doença que está tão alta aqui na cidade, em vez de estar se preocupando só em me perseguir e me colocar para trabalhar. Eu não estou pedindo pra ficar em casa. O que eu quero é o direito de trabalhar à noite, porque vou ficar isolado. É por conta de adicional noturno? Eu assino um documento abrindo mão, mas se é isso, prefeita, que a senhora quer, não se preocupe”, apelou.
O outro lado
O 7Segundos tentou localizar a assessoria de comunicação da Prefeitura, mas não obteve êxito. O espaço segue aberto.
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