Economia

Gasolina e gás de cozinha pesam no bolso dos mais pobres em março

Variação de 0,82% do IPC-C1 no mês foi inferior ao IPC-BR, mas segue acima do índice nacional nos últimos 12 meses

Por R7 06/04/2021 09h09
Gasolina e gás de cozinha pesam no bolso dos mais pobres em março
Aumento da gasolina também causa impacto no preço do etanol - Foto: Agência Brasil

Os preços mais elevados da gasolina, do etanol e do gás de cozinha guiaram a alta de 0,82% do IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1), a chamada inflação das famílias de baixa renda no mês de março. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador da FGV (Fundação Getulio Vargas) apresenta alta de 6,63%.

Apesar da variação de preços para os consumidores mais pobres ser inferior em relação ao índice nacional (1%), no acumulado do ano o IPC-C1 segue 0,53 ponto percentual acima do índice geral.

Na apuração de março divulgada nesta terça-feira (6), cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. Foram elas: transportes (de 2,18% para 3,52%), habitação (de 0,17% para 0,8%), saúde e cuidados pessoais (de 0,09% para 0,52%), comunicação (de -0,12% para -0,01%) e despesas diversas (de 0,26% para 0,3%).

Entre os itens, vale destacar o comportamento da gasolina (+10,9%), etanol (+17,11%) botijão de gás (+4,07%), aluguel residencial (+1,04%), cigarros (+1,06%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (+0,88%) e tarifa de eletricidade residencial (+0,61%).

Por outro lado, ficaram mais baratos na passagem de fevereiro para março a batata-inglesa (-12,61%), o tomate (-11,14%), a maçã (-9,96%), o leite longa vida (-2,49%) e o arroz (-1,41%).

Com as variações, o IPC-C1 fechou o primeiro trimestre com alta de 1,38%. A oscilação foi influenciada pelos preços dos transportes (+6,46%), alimentos (+1,06%), despesas diversas (0,94%) e saúde e cuidados pessoais (0,83%).