Guedes nega demissão na equipe e explica polêmica sobre vacina
Ministro destacou competência de Waldery Rodrigues e falou em 'remanejamento'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou, em coletiva na noite desta terça-feira (27), que tenha demitido Waldery Rodrigues do cargo de secretário especial da Fazenda, supostamente após embates sobre o Orçamento. Guedes afirmou que houve apenas um "remanejamento da equipe" e destacou a lealdade, competência e seriedade de Rodrigues.
O ministro disse que as mudanças internas são comuns dado o desgaste do trabalho executado por sua equipe. "É quase desumana a pressão sobre todos nós, por isso às vezes é preciso dar uma mexida. Foi o que fizemos", afirmou. "Quero deixar claro que não houve demissão e tampouco pressão política por essa mudança."
Guedes disse, ainda, que ele e Rodrigues já vinham conversando sobre isso "há dois, três meses" e reforçou que sua equipe é bastante unida. "Temos uma ligação de confiança, de seriedade, de trabalho conjunto."
Após o anúncio de sua saída, Rodrigues foi convidado pelo ministro para continuar na equipe como seu assessor especial. Em seu lugar, entra o atual secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal. Para o cargo de secretário do Tesouro, o ministro nomeou o economista e servidor de carreira do órgão e atual assessor especial do Gabinete do ministro Jeferson Bittencourt.
'Imagem infeliz'
Durante a coletiva, Guedes também falou sobre a repercussão de um comentário feito mais cedo, durante uma reunião interna do Conselho de Saúde Suplementar. Na ocasião, o ministro afirmou que os chineses "inventaram o coronavírus" e que as vacinas desenvolvidas pelo país para prevenir a doença são menos efetivas que aquelas desenvolvidas pelos Estados Unidos. "Eu usei uma imagem infeliz. Eu estava em uma reunião interna e estávamos falando sobre a necessidade de o setor privado nos ajudar no combate à pandemia", disse.
"Ao elogiar o setor privado, eu disse que uma economia de mercado forte, como os Estados Unidos, ao ser atingida por um vírus de fora, conseguiu produzir uma resposta mais efetiva ao problema do que o país de origem", falou Guedes. "Foi uma imagem infeliz. Mas quero dizer que somos muito gratos à China por ter nos enviado a vacina. Eu mesmo tomei a segunda dose da CoronaVac no domingo."
Saúde emprego e renda
Ao comentar que as prioridades do país são saúde, emprego e renda, Paulo Guedes também destacou o fato de que a economia do Brasil está de pé. "Nós continuamos criando empregos mesmo com a segunda onda da covid, o que foi uma surpresa", disse. "Nós vamos atravessar essa crise e, quando chegarmos do lado de lá, seremos uma democracia madura, fraterna e solidária."
Guedes falou que agora é preciso cuidar dos 38 milhões de trabalhadores informais do Brasil e sobre a importância da renovação do auxílio emergencial. Ele lembrou, ainda, que o presidente Jair Bolsonaro reeditou, nesta terça-feira (27), as MPs de proteção ao emprego. "Somos o único país do mundo que prosseguiu com reformas estruturantes, como o Banco Central independente, o saneamento, o gás natural, a Eletrobrás, os Correios... O Brasil segue em frente, nós vamos vencer a pandemia e a crise econômica."
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