Comportamento

Caminhoneira de Maragogi: ‘Nós mulheres podemos ser tudo!’

7Segundos inicia uma série de reportagens especiais sobre mulheres que inspiram

Por Maurício Silva 07/03/2022 16h04 - Atualizado em 07/03/2022 18h06
Caminhoneira de Maragogi: ‘Nós mulheres podemos ser tudo!’
Elisangela Maria sente-se orgulhosa dirigindo caminhão - Foto: Isac Silva/7Segundos

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data mais que especial e o 7Segundos começa nesta segunda-feira (7) uma série de reportagens especiais na Semana da Mulher sobre mulheres que inspiram. A primeira personagem é a caminhoneira que mora em Maragogi, Elisangela Maria da Silva “Branca”, de 43 anos de idade. Para as pessoas do sexo feminino ela deixa uma mensagem poderosa: “Nós mulheres podemos ser tudo!”.

Elisangela Maria da Silva é um grande exemplo de mulher de fibra. Mãe, esposa, amiga, dona de casa: lava, cozinha, passa, faz de tudo dentro do lar e ainda trabalha como motorista de caminhão de um depósito de materiais de construção em Maragogi.

Por onde Elisangela passa em Maragogi, faz sucesso. Foto: Isac Silva


A caminhoneira relatou que recentemente ficou muito feliz ao receber uma homenagem espontânea de mulheres que estavam na avenida Senador Rui Palmeira (orla marítima de Maragogi). “Essa semana fui fazer uma entrega aqui na orla e várias mulheres me aplaudiram. Então assim, isso é bom e prazeroso!”, destacou.

A motorista de caminhão já exerceu várias atividades: operadora de caixa, balconista, frentista, vendedora e outras série de funções, mas é sendo caminhoneira que ele sente-se realizada. “É prazeroso poder representar as mulheres, nossa classe feminina. Gosto do que faço, faço com amor e a palavra é bem essa: prazer!”, afirmou. “

Branca comentou que não existe isso de sexo frágil. “Não é sexo frágil! Nós podemos ser tudo! Só precisamos crer, acreditar e correr atrás dos nossos objetivos. A gente, nós mulheres, podemos ser tudo aquilo que nós queremos ser”, disse.

Preconceito

Elisangela Maria da Silva disse mesmo sendo exemplo, ainda sofre preconceitos. “Têm os elogios e têm as críticas. Por incrível que pareço as críticas vem mais dos homens. O pessoal fala que lugar de mulher é no fogão, que mulher tem que está em casa cuidando da casa e eu não acho. Isso não me atinge porque gosto do que faço, amo o que faço e me orgulho de ser uma mulher caminhoneira, da profissão que eu tenho, que eu sou”, ressaltou.

Elisangela sente-se realizada quando pega no volante do veículo. Foto: Isac Silva


Maragogi

A famosa caminhoneira do depósito de materiais de construção é do município de Caruaru-PE, mas vive há dois anos e dois meses em Maragogi. Foi na cidade turística do Litoral Norte de Alagoas que ele teve a oportunidade de trabalhar como motorista de caminhão e desde então vem fazendo muito sucesso.

Recado para as mulheres

Ela deixou um recado para as mulheres. “A gente tem que perder o medo, deixar o medo de lado e correr atrás, lutar e nos soltar porque tudo é questão de medo e a gente só sabe tentando. lutem! Corram atrás dos seus sonhos e dos seus objetivos. É assim que nós conseguimos e foi assim que eu cheguei onde cheguei, onde estou hoje” finalizou a caminhoneira.

Com apuração de Isac Silva*