Radialista de Maragogi possui rica coleção de bonecos e quadrinhos
Emerson Kaffé coleciona desde a infância
Uma paixão de infância tornou-se em uma riquíssima coleção de bonecos de desenhos animados e de histórias de quadrinhos: essa é a história do colecionador Emerson Kaffé. O radialista de Maragogi tem 41 anos de idade, mas a paixão por heróis e vilões começou ainda na infância e a sua coleção é de causar inveja.
A rica coleção de Emerson Kaffé possui cerca de mil bonecos de desenhos animados avaliados em mais de R$ 40.000,00 e em torno de mil histórias de quadrinhos (99% do Batman). O colecionador é fã número do homem morcego e o Batman é a sua grande inspiração de herói.
O colecionar contou como a paixão começou. “Começou na infância! Eu, desde pequeno, comecei, não sei como, a gostar do Batman, a minha figura sempre foi o Batman, a minha referência de herói sempre foi o Batman. Eu cresci vendo desenho animado e vislumbrei com o primeiro filme do Batman de 1989. A gente ia para o cinema, quem me levou foi meu irmão e de lá para cá comecei a colecionar quadrinhos, eu tenho muitos quadrinhos do Batman, meu universo é o Batman”, revelou.
O radialista tem um verdadeiro tesouro dos desenhos animados espalhados na sua residência e em casas de pessoas de confiança. Ele possui coleções dos anos 1980, 1990, 2000 e atualizadas. São peças raras do Batman, He-Man, Super Man, Tundercats, Rambo, Galaxy Rangers, X-Men, Gi.Joe e tudo que possa se imaginar no mundo dos desenhos animados.
Kaffé revelou que no início a sua coleção era ‘escondida’ por conta de zoações, mas isso mudou. “Fui crescendo, crescendo e sempre colecionava escondido, guardava, mas a galera tirava onda: 'Ah, está colecionando bonequinhos'. Mas na década de 1990 e de 2000 explodiu a questão do colecionismo. O pessoal começou dá uma olhada melhor para esse nicho de mercado e hoje a gente tem figuras que valem R$ 5 mil, R$ 6 mil. Melhorou as articulações, gerações de action figure, em vez de bonequinhos, são figuras articuladas e aí proporcionam você a voltar no tempo, uma coisa bacana. Eu tenho tudo o que você imaginar do universo da DC Comics, da Marvel e outros universos”, contou
Realização pessoal
Emerson Kaffé disse que a coleção é uma realização pessoal. “É uma realização pessoal. A gente não brinca mais com bonecos, a gente faz pose para tirar fotos ou deixar exposto. Mas é uma realização pessoal porque eu sempre fui uma criança feliz! Eu tenho tudo da minha infância hoje relançado de uma forma melhor para manter minha nostalgia, porque eu gosto muito desse universo, de você pode viajar e sair dessa realidade e imaginar um mundo melhor através dos heróis”, ressaltou.
Visita de crianças
Uma casa cheia de bonecos de desenhos animados é um sonho para as crianças, mas quando elas não chegam à casa do Kaffé ficam só na vontade. “Antes de receber as visitas, eu tenho sobrinhos pequenos, a gente sempre orienta: ‘vai para casa do tio ou da tia, mas vai ver bonecos, não vai ver brinquedos’. A gente já orienta, já educa desde a porta, antes de entrar em casa, que não pode tocar, só para visualizar. Mas eu tenho para crianças que vem visitar, tem uma caixa de brinquedos, eles podem brincar, que são voltados para crianças mesmo, para tirar o foco da minha coleção”, explicou.
Fã do Batman
O colecionador possui mais de 200 bonecos do Batman e cerca de mil histórias em quadrinhos do homem morcego. O herói é a sua grande inspiração nesse universo. “Desde o início, lembro que desde os meus cinco anos eu ganhei uma bota, que foi herdada do meu irmão. Essa bota tinha um desenho do Batman e ali me chamou a atenção. Comecei a ver algumas coisas e na época, eu sou de 81, reprisaram as séries de 1969 e deslumbrou. Passei a estudar, vislumbrar, veio o Zorro, que é a inspiração do Batman. Me chamou a atenção até hoje e acho que é o Batman que mais me exemplifica na vida”, disse.
Não basta colecionar
Emerson Kaffé disse que não basta apenas colecionar. “Não basta só colecionar, a gente tem que estudar. Eu costumo dizer que eu sou um nerd e um geek. Eu coleciono, estudo e vejo. Assisto séries, os quadrinhos (senti muita dificuldade no Nordeste porque para encontrar banca de jornal só na capital) ou quando eu ia para a capital comprava muita quantidade. Me desafei um pouco de quadrinhos, mas a televisão está aí com os streamings, séries, internet, baixa muita coisa na internet e vai estudando e se mantendo atualizado dessas coleções”, concluiu.