Saúde

'O Brasil hoje vive uma situação epidemiológica tranquila', diz Queiroga em Maragogi

Ministro da Saúde esteve participando de solenidade em Alagoas

Por Maurício Silva 04/10/2022 17h05 - Atualizado em 04/10/2022 17h05
'O Brasil hoje vive uma situação epidemiológica tranquila', diz Queiroga em Maragogi
Ministro Marcelo Queiroga durante discurso em Maragogi - Foto: Isac Silva/7Segundos

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (4) durante entrevista no município de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, que a situção do Brasil atualmente em relação a covid-19 é de tranquilidade. "O Brasil hoje vive uma situação epidemiológica tranquila", declarou Queiroga. 

Marcelo Queiroga esteve na cidade litorânea com o prefeito de Maragogi, Sérgio Lira (PP), com o secretário municipal de Saúde, Francisco Lins, e com o secretário nacional de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara. Eles fizeram uma visita a construção da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), ambos localizados no bairro Carvão. Na oportunidade, foram entregues dois veículos para a Atenção Primária e um aparelho de ultrassonografia na UBS Eurico Wanderley. 

Autoridades participaram do evento em Maragogi. Foto: Isac Silva

Queiroga ressaltou que hoje o Brasil vive uma situação tranquila em relação a covid-19. "O Brasil hoje vive uma situação epidemiológica tranquila. Estamos caminhando no mundo todo para aquele ansiado momento pós-pandemia. Isso não quer dizer que resolvemos todos os problemas, nós temos ainda pessoas que sofrem sequelas dessa doença, nós temos outras doenças prevalentes como doença do coração, câncer, de certa forma tiveram o seu atendimento prejudicado durante a pandemia e isso foi intensificado por conta da política de alguns governadores que mandaram fechar as unidades básicas de saúde e queriam que as pessoas ficassem trancadas dentro de casa e aí a consequência: descontrole da pressão, descontrole do diagnóstico de câncer e dos tratamentos necessários para a população", enfatizou.

O ministro disse que o trabalho teve que ser dobrado. "Temos que trabalhar em dobro para poder reparar todos esses erros que foram cometidos por alguns governantes que não tem compromisso com a população brasileira", frisou.

Queiroga concedeu entrevista em Maragogi. Foto: Isac Silva

Medicamentos contra a covid-19

Na semana passada o Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote de medicamentos incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da Covid-19. São 50 mil unidades do antiviral formado pelos comprimidos nirmatrelvir e ritonavir. O remédio é indicado para o tratamento da infecção de pessoas com risco de internações, complicações e mortes por causa da doença. O medicamento, produzido pela Pfizer, foi desenvolvido para ser administrado por via oral, até cinco dias do início dos sintomas, após diagnóstico confirmado.

Sérgio Lira entrega as chaves de dois veículos ao secretário Francisco Lins. Foto: Isac Silva

Marcelo Queiroga disse que o novo medicamento é mais uma importante alternativa contra a doença. "Nós vivemos um momento diferente hoje. Nós acabamos com o momento de emergência de saúde pública de importância nacional da covid-19, mas não podemos baixar a guarda com esse vírus. Vacinas para a população para fazer os reforços para quando chegar o momento e aqueles casos que, eventualmente tenha a doença, mesmo vacinado, aqueles de 65 anos, imunocomprometidos, nós temos alternativa de tratamento para que os médicos, com sua autonomia, possam transcrever esses medicamentos que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde", destacou.

Novos medicamentos para a Farmácia Popular do Brasil

O Ministério da Saúde irá incorporar cinco novos medicamentos ao Programa Farmácia Popular do Brasil. Essa é a primeira incorporação de novos remédios no programa desde 2011. Os novos medicamentos são direcionados, principalmente, para o controle de doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca. A estimativa é que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficadas com os novos medicamentos incorporados. 

Os novos remédios são:

- Besilato de Anlodipino 5 mg (hipertensão arterial/gratuidade)

- Succinato de Metoprolol 25 mg (hipertensão arterial/gratuidade)

- Espironolactona 25 mg (hipertensão arterial/gratuidade)

- Furosemida 40 mg (hipertensão arterial/gratuidade)

- Dapagliflozina 10 mg (diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular/modalidade de copagamento).

Queiroga destacou que a incorporação é graças a não ter corrupção. "Sabe por qual motivo nós podemos incluir esses medicamentos? Porque o governo não tem corrupção e aí sobra recursos para que possamos fazer políticas públicas do interesse da população brasileira. Cinco novos medicamentos para o tratamento de doenças cardíacas e para o diabetes", disse. 

"Não podemos tratar os hipertensos como tratava nos anos 90. Temos que tratar com as medicações mais modernas, mais atualizadas e na Farmácia Popular do Brasil, o brasileiro, com a receita, pode ir lá pegar. 75% da assistência farmacêutica é custeada pelo Ministério da Saúde. As medicações do chamado componentes estratégicos, da atenção especializada, são exclusivamente custeadas pelo Ministério da Saúde. A população as vezes não sabe disso e por isso precisamos dizer a verdade", finalizou Marcelo Queiroga. 

Autoridades estiveram UBS Eurico Wanderley. Foto: Isac Silva