Lula diz que vai avaliar se permite exploração de petróleo na foz do rio Amazonas
Presidente diz que área que quer ser explorada pela Petrobras fica em alto mar e que é ‘difícil’ que haja impactos para a Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (22) que vai avaliar o pedido da Petrobras para exploração de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas. Na semana passada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou à empresa uma licença para explorar a área, mas o chefe do Executivo prometeu rever a decisão.
Segundo Lula, a região que a Petrobras quer explorar fica em alto mar. "Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]", declarou ele, horas antes de deixar o Japão, onde participou da cúpula do G7 no último fim de semana.
A decisão do Ibama de não permitir a exploração por parte da Petrobras foi tomada pelo presidente do instituto, Rodrigo Agostinho. Ele seguiu recomendação de técnicos da Diretoria de Licenciamento Ambiental do órgão, que apontaram "inconsistências técnicas" da empresa de petróleo.
"Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental", destacou o presidente do Ibama no texto que negou a licença ambiental.
É a segunda vez que o Ibama nega pedidos da Petrobras para atividades de perfuração na região. Em 2018, o instituto não concedeu licença para cinco blocos sob controle da empresa.
O Ibama destacou ainda a "necessidade de se retomar ações que competem à área ambiental para assegurar a realização de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias sedimentares que ainda não contam com tais estudos e que ainda não possuem exploração de petróleo, no prazo mais breve possível".
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